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"Meu filho não quer comer! O que eu faço?"

"Meu filho não quer comer! O que eu faço?"
Alô Bebê
Nov. 8 - 7 min read
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Segundo as pesquisas do Children's National Medical Center, da Washington University, entre 50 e 60 por cento das mães de todo o mundo se preocupam de que pelo menos um dos seus filhos não está comendo o suficiente. Porém, segundo o especialista e idealizador do estudo, Benny Kerzner, não mais do que 30% das crianças do mundo realmente comem pouco, e só em casos raros, 1 a 2 por cento, o problema se deve a algo mais grave, como o início de um distúrbio alimentar ou alguma causa física.

Os números mostram que não há motivo para desespero. Podemos até mesmo dizer que é esperado que as crianças pequenas ofereçam essa barreira na hora da alimentação – mas que isso não significa, necessariamente, um problema de saúde – nem físico ou emocional.

Os que os pais/cuidadores podem fazer é se preparar para esse momento sem sofrer com antecedência. Montando algumas estratégias para aproveitarem as refeições em família, com cumplicidade e sem estresse.

Para que tudo isso ocorra de maneira natural e tranquila, selecionamos algumas dicas práticas, confira:

Tente manter a rotina

A criança precisa aprender na prática que as refeições devem ser feitas nos horários certos. Se o seu filho não quis comer no almoço, espere até o horário do lanche da tarde. E muito importante: não dê guloseimas para entre os períodos para compensar. Evite fazer substituições com comidas industrializadas! Isso atrapalha a rotina da criança, prejudica a saúde e ainda pode fazer com que ela recuse a próxima refeição.

Sem brigas na hora da refeição

Por mais frustrante que seja ver o seu filho recusando aquela papinha feita com tanto amor, esse não é o momento de dar bronca ou fazer a famosa chantagem do “só sai da mesa quando terminar de comer”. Almoçar/jantar deve ser um momento neutro. Não é hora de opressão, de despejar as tensões. Deve ser apenas o momento da alimentação. Procure fazer com que seja saudável e agradável. Aproveite para dar o exemplo, sente-se com o seu filho e mostre como e o que você come.

Não desista, seja criativa (o)

O “não” de hoje pode ser o “sim” de amanhã! Isso quer dizer que as crianças levam muito mais em conta a aparência dos alimentos do que o seu gosto. Quando seu filho não aceita provar um vegetal, por exemplo, não tome isso como uma recusa definitiva. Aposte em uma versão diferente desse alimento daqui a alguns dias antes de descartá-lo totalmente da dieta! Especialistas afirmam que só podemos atestar que não gostamos de um alimento depois de provar mais de 8 vezes – e isso vale também para os bebês.

 

Não force

Nunca obrigue o seu filho a comer. Respeite a escolha e aguarde a próxima refeição. Insistir na alimentação pode gerar traumas futuros e distúrbios alimentares na criança, que podem perdurar por muito tempo. O seu filho demonstra que comeu o suficiente:

  • Quando vira a cabeça;

  • Quando afasta o prato ou a tigela para longe, no chão ou na cabeça dos familiares (vai da força do pequeno);

  • Quando grita;

  • Quando cospe constantemente a comida;

  • Quando mantém a comida na boca e se recusa a engolir;

Deixe o bebê descobrir a comida

Muitos pais entendem que para comer, o bebê precisa ser distraído. Levam brinquedos, tablets, música e organizam toda uma estrutura para que o seu filho coma – sem perceber que está se alimentando.  Mas, o hábito de sentar à mesa, em família, com seus cuidadores, é importante! E não pode ser confundido com a hora do brincar. O que não significa que não pode ser divertido. A hora da refeição é o momento perfeito de exploração do bebê: ele reconhece novas texturas, movimentos e cores. Por isso, é recomendado deixar que o filhote prove a comida com as mãos, se lambuze, e tente comer sozinho até conseguir acertar a boca! Pense, crianças pequenas levam tudo à boca, por que não seria assim com comida? É preciso dar o seu espaço, e estar preparado para a bagunça!

O que oferecer?

O ideal é que essa criança seja estimulada à alimentação saudável e que seja feita um tipo diferente de verdura e legume por refeição, para que ela possa experimentar e começar a formar os seus próprios hábitos alimentares saudáveis. Você sabe que, no dia da batata, a criança come contente, e no dia da lentilha ou do espinafre, comerá um pouco menos. Mas tudo bem! Deixe que coma o que quiser! Uns dias comerá mais, em outros, menos. Como todo mundo. Assim será na adolescência e na vida adulta, certo?

Antes de ficar preocupada (o) com o que você está fazendo de “errado” na refeição para que o bebê coma pouca, pondere os seguintes fatores:

  • O seu filho tem entre os 9 meses e 1 ano e alguns meses? Então ele está na começando a andar – e seu interesse definitivamente não é comer! É apenas uma fase, onde a sua vontade e energia está voltada a exploração!

  • O seu bebê ainda mama muito? Então ele pode ter dificuldade em aceitar alimentos sólidos. Neste caso, é indicado diminuir aos poucos a quantidade de mamadas, procurando aumentar a aceitação das papinhas, por exemplo.

  • A quantidade de comida que você está oferecendo é compatível com o tamanho do seu filho? Às vezes nos empolgamos e esquecemos o quão pequenino é o estômago do bebê!

  • Ele está tomando muito líquido antes ou entre as refeições? Isso certamente irá estufá-lo e influenciar no seu apetite!

  • Será que o seu filho não tem refluxo ácido? Se for o caso, o bebê não produz ácido suficiente no estômago para processar os alimentos. Geralmente, esse problema é solucionado com o passar das primeiras semanas de vida.

  • Sempre existe a possibilidade da rejeição à lactose! Ela ocorre quando o organismo não produz lactose suficiente - a enzima necessária para processar os laticínios. Essa falta provoca dores intestinais.

Existem vários motivos para o seu pequeno não comer muito, e mesmo assim, ele pode simplesmente ainda estar desenvolvendo o paladar. É apenas uma questão de tempo. O mais importante é não se sentir culpada (o) se o bebê não finalizar um prato como você tinha imaginado - mostramos como isso é comum! Acalme outras mamães e papais com essas informações, compartilhe esse conteúdo!


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