Marina estava grávida da primeira filha e ganhou da sogra o carrinho de bebê que a menina usaria assim que nascesse. Como a sogra não entendia bem do assunto — o último bebê de quem tomara conta era o marido da nora que agora estava grávida — preferiu convidar Marina para ir à loja escolher o modelo preferido.
Marina sempre foi meio indecisa e durante a gestação, a característica se agravou. Olhando mil modelos de carrinho, cada um com capacidades mais incríveis que as do anterior, se desesperou. Sacou o celular e ligou para a irmã, que tivera um filho meses antes: “Mana, como faço para escolher o carrinho de bebê?”.
Essa história é real, só o nome da mãe é fictício. Esse caso, ou um similar, certamente já aconteceu bem perto de você, pode apostar! Com tantas opções e com controle de qualidade e certificação bem rígidos, fica difícil mesmo escolher o carrinho de bebê. Mais do que isso, uma escolha errada e pronto. De solução e grande parceiro, o carrinho passa a trambolho oficial da família.
Para esse mico não acontecer com você e para o carrinho ser mega bem aproveitado, é preciso atentar a alguns detalhes. Certamente, aqueles que a irmã de Marina falou no telefone.
Tamanho é documento
Para começar a escolher o carrinho de bebê, pense onde vai guardar o carrinho quando não estiver em uso. Meça bem o lugar e veja as possibilidades. O carrinho cabe aberto? Só cabe fechado? Se sim, qual o espaço que você pode dispor?
Com essas medidas na mão, vá até a loja e pegue o carrinho, manipule, veja se se sente confortável com ele. Nesse momento, perceba se o carrinho é leve. Mais do que bonito e com design arrojado, o carrinho deve ser fácil de manipular e fácil de carregar.
Imagine que o adulto pode estar sozinho com o bebê e precisará montar o carrinho e colocar a criança dentro e, depois, desmontar o carrinho segurando bebê, sacola, bolsa e celular. Entendeu a necessidade de ser leve e fácil de manipular? Quando o carrinho é pesado, lá para frente, a família desiste de usar, porque dá muito trabalho e atravanca o passeio.
Ainda sobre tamanho e uso. Teste se o carrinho cabe dobrado no porta-malas do carro da família. Se não couber, usar o espaço do banco da frente é opção, mas não é o ideal.
Pense que o porta-malas não deve ficar todo tomado pelo carrinho, porque tem mala, sacola e compras que podem ser acomodadas naquele lugar. Escolher o carrinho de bebê que não impede as outras atividades familiares e nem entope o carro é uma boa medida.
Segurança
Este item não permite discussão. Por isso, carrinhos importados que não seguem a certificação brasileira são pepino na certa. Nenhum pai ou mãe vão ficar tranquilos sabendo que o bebê pode escorregar pelo assento, pode se machucar com arestas mal cuidadas, ou ficar incomodado porque o tecido esquenta demais.
O Inmetro é o órgão que regula a qualidade e as características dos produtos para bebês e crianças no Brasil. Por isso, na hora de escolher um carrinho de bebê, procure o selo da instituição. Se não tiver, descarte.
Ainda nesse quesito, o carrinho precisa ter cinto de segurança com, pelo menos, três pontos. Um em cada ombro e outro entre as pernas da criança. Mas os cintos de cinco pontos são os mais recomendados, porque estabilizam ombros, quadril e pernas, o que evita que a criança escorregue, ou force o pescoço durante o movimento.
Movimento
Falando em movimento, chegamos ao item rodinhas. Aliás, rodas, porque quanto maiores, menos o carrinho vai sacudir. No entanto, elas não podem ser grandes demais, porque devem ficar fora das mãozinhas curiosas dos bebês.
Faça o teste antes de escolher o carrinho de bebê, passeando dentro e fora da loja. As rodas devem deslizar suavemente, sem trancos e sem fazer barulho.
Pisa no breque. Se a roda roda bem, precisa de um freio bem firme que impeça o carrinho de andar fora de hora. Teste as travas, veja se são fáceis de acionar e destravar. Empurre um pouco com as rodas travadas e repare se o carrinho fica mesmo parado.
Espaço e conforto interno
A largura do assento também é um ponto importante na conversa entre Marina e a irmã. Ele não pode ser largo demais, nem estreito demais. Algo como 30cm é uma boa medida. O bebê começa a usar o carrinho ainda recém-nascido, mas cresce logo e precisa de espaço para se mexer.
Os tecidos que formam o assento, o encosto e a capota do carrinho podem ser removíveis. Isso ajuda para limpar alguma sujeira pontual e também para lavar mesmo, mais pesado. Preste muita atenção na maneira como as peças se encaixam na estrutura. Precisa ser firme para não soltar, mas fácil de tirar e colocar.
Passe a mão por todo o carrinho. Procure pontas, saliências e asperezas. Se encontrar, mude de modelo. A pele do bebê é muito delicada e se incomoda um adulto, certamente vai incomodar o pequeno.
Compatibilidade
Carrinhos de bebê podem vir com acessórios, ou sem. Se vier com capa de chuva, bandeja e porta-copos, melhor, porque não há preocupação com compatibilidade. Se vier sem, confira na loja se é fácil adquirir acessórios compatíveis. Isso facilita a vida e prolonga a vida útil do carrinho.
A cor do carrinho pode ser decidida a partir dos tons do enxoval que os pais estão montando. No entanto, vale a pena reparar em dois pontos. Carrinhos com cores mais neutras e menos berrantes trazem mais conforto visual para o bebê. Cores escuras sujam menos e podem ser lavadas sem estragar.
Um pouco antes de desligar, a irmã de Marina deu uma última sugestão: depois de decidir o modelo ideal seguindo todas as dicas, espalhe o que aprendeu nas redes sociais. A família e os amigos aprendem o que é bom para o neném e para os pais.
Com todo mundo sabendo de todos os detalhes, dá para ajudar outros pais que estão no momento de escolher o carrinho de bebê. Sendo assim, compartilhe você também essas dicas nas suas redes sociais e ajude outras famílias!