Um fenômeno mágico acontece com 10 entre 10 mulheres que descobrem a gravidez: um desejo sobre-humano de ser saudável e de ser o melhor lar possível para o bebê que vai chegar.
Essa vontade de ser saudável e de ter um organismo funcionando muito bem inclui beber bastante água, parar de fumar, comer de forma equilibrada e bem rica em termos de nutrientes, descansar e praticar atividades físicas.
Todos esse tópicos fazem muito bem mesmo, preparam o corpo da mulher para a gestação e fazem tudo funcionar bem, de forma que o bebê fica bem nutrido e não falta nada para a mãe, condição que facilita o parto e faz os nove meses trancorrerem sem intercorrências.
De todos eles, o único que requer um olhar mais atento é a atividade física. Em geral, os obstetras recomendam que as grávidas façam atividades físicas. No entanto, há que se respeitar uma regrinha de ouro: se a mulher já praticava atividade física sem perigo antes da gestação, pode continuar.
Se tinha uma vida sedentária, aí precisa esperar a virada da 12ª semana, momento em que os cuidados sobre o feto deixam de ser das trompas e dos ovários e passam a ser do útero, um órgão mais potente e poderoso.
Se você leu com cuidado, percebeu que ao lado de atividades físicas veio a expressão "sem perigo". Ou seja, a menos que você seja atleta profissional, escalada, hipismo e maratona, por exemplo, que exigem demais do corpo e causam muito impacto, devem ficar para depois que o bebê nascer.
E o que seriam atividades leves e sem perigo? Aquelas que não exaurem o praticante; não têm muito impacto, pulos ou tremores — como boxe, esqui, ou slackline — e que não oferecem risco mesmo.
Bom mesmo para a gestante é pilates, hidroginástica adaptada, natação e yoga. Mas a unanimidade mesmo, entre médicos, fisioterapeutas e educadores físicos, é caminhar. A caminhada na gravidez é um exercício apropriado e bem recomendado.
Veja agora 10 boas razões que os especialistas levantam para convencer você a se mexer e a bater perna por aí durante a gestação. Com cuidado e parcimônia, essa atividade fará os nove meses passarem suaves e cheios de energia.
1– Sai para lá sedentarismo
A caminhada na gravidez mesmo sendo mais suave que em outras fases, para não cansar demais a mãe, manda para longe o sedentarismo, uma condição que diminui o metabolismo, aumenta os inchaços e dificulta o funcionamento do organismo dela.
A condição número zero para alcançar a saúde — na gravidez ou fora dela — é romper com o sedentarismo, que pode ser mais nocivo para o corpo que alimentação desequilibrada ou pouco sono.
2 – Devagar e sempre
A caminhada na gravidez tem a grande vantagem de poder ser praticada no período todo. Desde o comecinho até as últimas semanas. É justamente a regularidade e a chance de fazer sempre que faz dessa modalidade muito apropriada para evitar o ganho excessivo de peso e melhorar o sono.
3 – Nada de bate-estaca
Talvez a grande vantagem da caminhada na gravidez é que ela naturalmente não tem impacto, não força as articulações e, mesmo com o aumento de peso no final da gestação, não força demais as estruturas musculares da grávida.
Entretando, mexer a musculatura garante a manutenção da força e do tônus. O que é ótimo para manter a postura em dia e reduzir as possibilidades de dores nas costas, por exemplo. Simultaneamente, ter força ajuda a sustentar o peso do neném e de tudo que cresce durante a gestação.
4 – Mexe-mexe
A caminhada na gravidez exercita a região da pelve, que sustenta a barriga. Quanto mais tonalizada e alongada estiver a pelve, melhor para a sustentação e mais fácil é o parto e a recuperação da mãe.
5 – Endorfina
Bater perna, por ser uma atividade física moderada e constante, libera os hormônios do bem estar, como a endorfina e a noradrenalina. Como é comum a mãe — principalmente a de primeira viagem — ficar tensa e preocupada, caminhar funciona como um anti-depressivo absolutamente natural.
O estado de espírito é tão importante quanto a saúde física da mulher. Mães que caminham se sentem mais bonitas e confiantes.
6 – Democrática
A caminhada na gravidez pode ser feita por quase todas as mulheres, durante o período inteiro, ao ar livre e sem pagar nada. Claro que ter orientação de um personal trainer ou usar a esteira quando estiver muito frio ou chuvoso são recursos úteis, mas não é a regra.
7 – Sem lesão
Durante a gestação, o organismo da mulher produz um hormônio chamado relaxatina. O corpo é sábio e inventou essa substância que relaxa, como o próprio nome diz, os músculos e as articulações. A ideia é facilitar o parto, abrindo espaço mais tranquilamente para a passagem do bebê.
Atividades físicas mais pesadas durante a gestação podem, portanto, causar lesões. Não é o que acontece com a caminhada na gravidez. Por ter movimentos naturais e funcionais, sem recursos extras, como cargas localizadas ou elásticos, caminhar não costuma machucar o praticante. Ou seja, é uma boa ideia para as mães.
Agora que você já sabe que pode e deve fazer caminhada durante a gravidez, vale a pena procurar seu obstetra para ele liberar e passar as recomendações necessárias, como limite de batimentos cardíacos e tempo de exercício. Um nutricionista pode orientar sobre a hidratação e a alimentação pré e pós-treino.
Um educador físico ou um personal trainer pode ser um grande aliado, para calcular velocidade, quilometragem e, principalmente a intensidade dos exercícios, para não ser suave demais e nem forçar a barra. Além disso, em direção à reta final, é preciso adaptar a pisada, o alongamento pré e pós-treino e a postura durante o treino.
Agora que você está craque e campeã em caminhada na gravidez, pode iniciar uma outra atividade que também faz muito bem para a saúde? Trata-se de espalhar informação de qualidade pelas redes sociais. Você curte, compartilha o conteúdo e ajuda as mulheres a começar a caminhar.