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Açúcar para crianças pequenas: pode ou não pode?

Açúcar para crianças pequenas: pode ou não pode?
Alô Bebê
jun. 26 - 6 min de leitura
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Nos consultórios dos pediatras, a dúvida mais frequente de pais e mães é: meu filho não come, o que posso fazer para mudar isso? No entanto, segundo os pediatras, a questão que mais deveria preocupar os pais é: meu filho come tranqueira, docinhos e alimentos pouco saudáveis. Como posso mudar isso?

Afinal, em casa onde há alimentos, criança nenhuma morre de fome. Por isso, não há com o que se preocupar se o bebê, ou a criança, se alimenta pouquinho, mas de forma variada.

Pepino mesmo acontece quando os pais reconhecem que os filhos comem alimentos absolutamente desnecessários e nada saudáveis. Afinal açúcar para crianças pequenas: pode ou não pode?

A resposta dos especialistas é: não precisa. Ao contrário do que a avó diz, ou a tia garante, a criança não fica triste se não provar o brigadeiro, ou o pedaço do bolo de aniversário da priminha. Se ela não tem por hábito comer doces, não dar açúcar para crianças não vai fazer falta nenhuma.

No entanto, não é preciso ser tão radical nessa questão. Não é porque seu filho comeu um pedaço da goiabada cascão produzida na fazenda da família que ele vai ficar viciado e desistir de todos os outros alimentos só para devorar chocolates e balinhas.

A Associação Americana do Coração desaconselha fortemente dar açúcar para crianças com menos de 2 anos de idade. Depois disso, para as crianças de 2 a 18 anos, o consumo de açúcar diário deve ser de no máximo 25g — ou duas colheres rasas de sopa.

Olhando assim, não é difícil controlar o açúcar para a crianças. Duas colheres de sopa é fácil de medir. O problema mora nos alimentos industrializados. Esses sim podem conter açúcares disfarçados e os pais oferecem sem nem perceber.

Iogurtes, sucos, bolachas e pães contêm açúcar. E, se a ideia é não dar açúcar para as crianças, o ideal é evitar os alimentos processados e ultra-processados. Não precisa cortar de vez, mas substituir.

Sai suco de caixinha, entra suco de fruta. Sai o alimento petit suisse, que vale por um bifinho, e entra um iogurte com mel e frutas. Sai o biscoito recheado e entra o pão integral com uma fatia de queijo.

E assim, com sabedoria e suavidade é possível reduzir o açúcar para as crianças e aumentar a ingestão de alimentos naturais e saudáveis, esses sim sem restrição alguma.

É verdade que alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e leite fresco têm um açúcar natural, mas esse fica fora da conta, porque não faz mal e nem aparecem em excesso.

Mas por que é importante evitar dar açúcar para crianças? Os motivos são muitos. O primeiro deles é o comportamento e o desenvolvimento.

Açúcar é uma espécie de combustível. Quando consumido na medida certa, dá energia, força e alegria para brincar, se relacionar, crescer e aprender. Tudo que um bebê e uma criança precisam.

Mas açúcar para crianças em excesso funciona ao contrário, como algo tóxico. Crianças, quando comem doces açucarados, ficam elétricas, perdem o sono, demonstram irritação e cansaço excessivo no fim do dia. E, por estarem excitadas demais, não conseguem relaxar para dormir.

No mesmo caminho, o gosto doce é extremamente confortável e fácil de aderir no paladar infantil. É o primeiro sabor que as crianças demonstram gostar de verdade. Se essa relação for estimulada constantemente, pode ser que seu filho comece a preferir a sobremesa ao almoço. Ou, só vai querer o suco de frutas com muito açúcar.

O paladar é algo que se constroi desde sempre e diariamente. Todos os dias devemos oferecer alimentos novos, com texturas e sabores ainda não experimentados pelas crianças que já comem alimentos sólidos.

A ideia é simples: quanto mais variado e colorido for o cardápio, mais saudável será a alimentação da criança. Varie o cardápio e tenha um filho que não dá trabalho para comer.

A segunda razão para evitar dar açúcar para crianças é consequência dessa anterior. Crianças alimentadas com açúcar e excesso de doces tendem a desenvolver obesidade, condição que já é considerada uma epidemia mundial.

No Brasil, não é diferente. A Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), divulgou que cerca de 40% das crianças entre 5 e 9 anos da região sudeste estão com sobrepeso. Nas outras regiões do país o número varia um pouco para cima ou um pouco para baixo. Preocupante, segundo os pediatras.

As células de gordura são formadas até os 2 anos de idade e estimuladas pela alimentação que as crianças recebem. Quando comem doces e gorduras, as células que vão abrigar gorduras aparecem. Se, ao contrário, a criança come carnes, legumes, verduras e carboidratos complexos, elas não são formadas e a tendência é a criança permanecer magra.

O menor problema que a obesidade infantil pode trazer é a estética e os apelidos maldosos que vêm junto com ela. O mais sério são as doenças associadas, como diabetes e pressão alta. E se é possível evitar, por que não? Açúcar para crianças não é importante nem necessário. É perfeitamente possível viver sem e sem sofrer.

Mas, como vivemos em sociedade e a alimentação é parte muito importante da vida em família, o ideal é fazer dos doces e dos alimentos pouco saudáveis a exceção. Ou seja, numa festa de aniversário, depois dos 2 anos de idade, pode oferecer um brigadeiro ou um pirulito sem culpa. Um pedaço do bolo também não vai fazer mal.

Porque o segredo é o equilíbrio. Em dias de festa e de comemoração, faz parte. No cotidiano, alimentação saudável, variada e equilibrada. Assim, dar açúcar para as crianças não chega a ser um problema.

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