As férias estão chegando e as grávidas começam a se preocupar: afinal de contas, gestantes podem andar de avião? Será que há algum inconveniente para o bebê ou para as mães? Existe um limite de semanas da gravidez liberado pelos médicos e pelas companhias aéreas?
Todas essas dúvidas são normais e bastante pertinentes. Por isso fomos atrás das informações, consultamos especialistas, empresas de aviação e vamos esclarecer tudinho aqui neste post.
E aí, pode?
Essa é a pergunta número zero. A resposta, felizmente, é sim! Se a gestante não tiver nenhum problema de saúde que a impeça de fazer atividades físicas, caminhar, ou ficar sentada por um período mais longo, não há problema nenhum em embarcar e curtir a viagem.
Até qual semana o médico libera e as companhias aéreas permitem?
Novamente, se a gestante não apresentar nenhum problema, não há limites pré-estabelecidos. Os especialistas gostam de avaliar caso a caso e liberar suas pacientes de acordo com a duração da viagem, o local de destino, o estágio da gravidez e o histórico de saúde da mulher.
Em geral, as companhias aéreas brasileiras não impõem restrições para as viagens entre o terceiro e o sétimo mês de gravidez. Antes, ou depois dessas fases, é importante ter um atestado do obstetra liberando o voo.
As empresas de aviação de dentro e de fora do país também têm regras quanto a gestação múltipla, sangramentos nos dias anteriores, pressão alta ou diabetes da mãe. Depois da 35ª semana algumas companhias só permitem a viagem em situações extremas e, em alguns casos, com a presença do obstetra. Por isso, se sua viagem for inevitável, cheque com a empresa escolhida quais são as condições peculiares.
Viagem liberada, vamos aos cuidados.
Quando fizer o check-in, a mulher deve informar seu estado e pedir um assento na área preferencial. Por que isso é importante? Para facilitar o deslocamento e as idas ao banheiro (é, toda hora tem um xixi para fazer); proporcionar a tranquilidade de não ter de ficar dando passagem; e para ficar longe da saída de emergência e das regiões que mais balançam durante o voo.
Além de não segurar o xixi, a gestante precisa se alimentar a cada 2 horas no máximo e beber bastante água. Por isso, se a companhia aérea não oferece lanchinhos, vá preparada: castanhas, frutas secas e bolachinhas salgadas são fáceis de carregar, não fazem sujeira e cabem em qualquer bolsa de mão.
Água sempre tem disponível na aeronave. Não fique tímida de pedir. A cada 1h é importante levantar e caminhar um pouco pelos corredores para evitar inchaço nos pés e pernas. Aproveite também para alongar um pouco e se espreguiçar.
Tem risco para a mãe ou para o bebê?
Se tudo estiver correndo bem e os dois estiverem saudáveis, não há nenhum risco. O desconforto pode ser ter mais vontade de ir ao banheiro, ou um pouco de inchaço das pernas e pés, que são facilmente solucionáveis. Meias de compressão, caminhadas e fazer bastante xixi ajudam bastante.
Para mães com alguma doença como pressão alta, diabetes e doenças cardíacas, o estado de saúde pode piorar, a respiração pode ficar um pouco mais difícil e, por isso, é fundamental o obstetra autorizar o voo.
Quando a mulher tem algum risco de abortamento, a viagem não deve acontecer, porque a pressurização pode piorar a situação e, lá em cima, a mãe não terá os cuidados necessários. Não existem estudos conclusivos sobre a ação da altitude ou da pressurização no estímulo a contrações, mas os obstetras costumam sugerir que a grávida não viaje após a 34ª semana se não for absolutamente necessário.
O que levar na bolsa de mão?
Além de lanchinhos saudáveis, a grávida pode ter uma mini-farmácia com medicamentos para cólica, enjoo, azia e analgésicos comuns. Um casaco para enfrentar o ar condicionado, uma almofada de pescoço ou travesseiro pequeno para se acomodar melhor em voos mais longos e muita animação para aproveitar o passeio.
E durante o voo?
Há ainda três recomendações importantes para a grávida viajar com mais conforto. Primeiro, beber água é importante, mas fuja das bebidas diuréticas, como café e chá mate. Gestantes já fazem mais xixi naturalmente, sob a pressão da cabine e bebendo líquidos estimulantes, a vontade de ir ao banheiro pode ficar bem chata. Água e sucos naturais de fruta são as melhores escolhas sempre.
Também vale a pena evitar alimentos que causam gases, como grãos, cereais e refrigerantes. Durante o voo, os gases se expandem e podem causar cólica ou desconforto. Frutas e alimentos cozidos não costumam causar gases e são uma boa pedida para a gestante. Por fim, use roupas confortáveis, fáceis de tirar e colocar – para as frequentes idas ao banheiro – e para se adaptar à temperatura lá em cima.
Ler, ouvir música e ver filmes ou séries ajudam a passar o tempo e fazem a viagem ser mais agradável. Mesmo que durante o voo você não possa acessar a internet, é uma boa ideia se cadastrar no nosso blog para receber os conteúdos com antecedência e viajar já sabendo de tudo.
Aproveite e conte a sua experiência para a gente e para as outras mães e pais que leem o blog. Se você já viajou grávida, ou acompanhando uma gestante, o que não pode faltar? Sentiu algum mal estar? Quais são os cuidados e atenções? E como a gente pode facilitar o trajeto? Cadastre-se e conte pra gente!