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Como as avós podem ajudar na criação dos bebês

Como as avós podem ajudar na criação dos bebês
Alô Bebê
out. 26 - 7 min de leitura
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Avó é um tipo de presente muito especial e sofisticado que a natureza coloca na vida das crianças. A relação avós e bebês é, certamente uma das mais ricas e importantes para a constituição de pessoas tranquilas e saudáveis emocionalmente.

Por isso mesmo, há uma máxima que diz que o asilo precisa ser vizinho do berçário. Avós e bebês só têm a ganhar com a convivência e os aprendizados que oferecem um ao outro.

É comum as famílias relatarem que, depois do nascimento de um neto, a avó rejuvenesceu, ganhou mais ânimo para viver e até se curou de alguma doença.

Por não ter responsabilidades diretas, a avó estabelece um tipo de vínculo com o bebê muito mais relaxado e feliz do que aquele que experimentou com o filho, pai da criança, ou com a filha, mãe da criança. E experimentar esse amor solto, sem muitas cobranças, faz da criança alguém muito sortudo, mais íntegro e mais feliz mesmo.

Por isso, pais que estão grávidos e começam a pensar em como será a relação avós e bebês, podem se desarmar. Com boas conversas, combinados e respeito mútuo a ligação entre as avós e seus netos só faz bem.

A experiência faz dos mais velhos pessoas mais flexíveis e tolerantes. Ouvindo dos filhos o que pode e o que não pode, raramente criam algum problema ou dificultam as coisas. Na mesma linha, avós gostam muito de se sentir solícitas na criação e na educação dos netos, gostam de ajudar, de dar uma forcinha.

Só não espere que elas descubram sozinhas que vocês estão precisando de uma mão. Apertou, peça ajuda, opinião, um colinho. Se sentir que a avó está presente demais, peça - com delicadeza - um tempinho, diga que as coisas estão mais tranquilas e que a vovó já pode ir descansar em casa.

Esse precisa ser o tom: suave, leve, companheiro. Sem cobrança e sem lavação de roupa suja, porque todo mundo já tem trabalho demais para dificultar as coisas, certo?

Fizemos uma lista de sugestões de grandes forcinhas que avós podem dar quando o bebê chegar na família. Contando com a experiência da matriarca, todo mundo se beneficia. Olha só:

1. Quando o bebê nascer:

Se for a vontade da mãe e do pai do recém-nascido, a avó pode ir passar uns dias na casa família. A ideia é dar uma força para os pais nos cuidados com a criança. Trocar fralda, dar banho e botar para arrotar, por exemplo.

Avós e bebês se entendem muito bem. Elas têm uma habilidade especial para compreender a linguagem dos netos. Aquela farta variedade de choros são decifrados pelos anos de experiência da vovó.

Por isso, ter uma tradutora simultânea de chororô pode ser um alívio para a família toda.

Outra missão que as avós podem ter na casa de um recém-nascido é, se for o caso, fazer companhia e cuidar dos filhos mais velhos do casal, que – com a chegada do irmãozinho – podem ficar meio perdidos.

Organizar a rotina da casa, cuidar dos lanches e das refeições também pode ser uma boa mão na roda, enquanto os pais estão às voltas com mamadas.

2) De mulher para mulher:

Avós e bebês formam uma dupla genial, mas mãe com mãe formam uma dupla imbatível. Por isso, se a mãe e a avó – seja mãe ou sogra – tiverem uma boa relação e alguma intimidade, é possível recorrer a essa estratégia para facilitar a criação do bebê.

Quando o neném chega em casa, a mulher está dolorida, cansada e cheia de dúvidas.

Amamentar pode ser complicado no início, assim como limpar umbigo, ou fazer o bebê arrotar. Da mesma forma, a mãe fresca pode estar cheia de questionamentos, receios e inseguranças.

Nesse momento, ouvir a voz da experiência é um alento. Se alguém cuida bem da mãe, ela cuida melhor do filho. É um ciclo virtuoso de carinho e cuidado, que faz bem para todo mundo.

A avó vai gostar de ser útil e de dar uma palavra de incentivo. A mãe vai ter alguns momentos de conforto e descanso. Mais ainda, pode ser ouvir a palavra certa para insistir na amamentação, ou para dormir um pouquinho mais.

Já a criança vai ganhar dois colos macios, descansados e fartos para recebê-la e acolhê-la bem. O que mais alguém pode desejar?

Por fim, se a avó for mãe da mãe, pode ter voz ativa em alguns momentos decisivos, como incentivar a ligar para o pediatra para resolver uma dúvida boba, ou ainda se cuidar um pouco melhor.

Imagine ouvir sua mãe dizer: “Agora, minha filha, me dê aqui essa criança, vá tomar um banho e almoçar. Depois eu te devolvo o bebê”. Quem não obedeceria?

Mãe descansada, banhada e bem alimentada, amamenta melhor e cuida melhor de seu bebê. Avós e bebês sabem muito bem disso. Melhor obedecer mesmo.

3) Fala que eu te escuto:

Deixe a avó falar. Ela tem experiência e sensibilidade. Acima de tudo, ela quer bem ao filho, ou à filha, e ao bebê. Por isso, mesmo que os pais não sigam à risca o que a avó diz, podem e devem levar em conta, considerar. Mal não faz.

Claro que cada bebê é um e tem personalidade própria, mas talvez o olhar de quem está de fora possa perceber algo que quem está muito envolvido não consiga: um jeito de segurar, uma posição diferente, um calorzinho, uma voltinha pela casa.

4) Nós dois, sempre juntos:

Assim que for possível, avós e bebês devem passar algum tempo juntos. Só os dois. Sem os pais e sem os outros netos.

Estabelecer um bom vínculo desde cedo vai marcar a história da criança pela vida toda e vai trazer uma ótima razão para viver mais e melhor para a avó.

Se conheçam, brinquem, inventem códigos e segredos. Ninguém tira isso dessa dupla. Fica na memória e inspira a vida

5) Afinados:

Mesmo que a avó não concorde com tudo, a última palavra sobre a rotina, a saúde e as decisões da vida do bebê é do pai e da mãe. Avó esperta é aquele que não desrespeita os combinados e não esconde e nem mente nada para o pai e a mãe da criança.

Avó que cumpre os combinados sobre alimentação, que não insiste para a criança dormir fora de hora e segue bonitinho as recomendações, tem mais acesso à vida dos netos e pode, de vez em quando, dar uma quebradinha inocente nas regras.

Bom senso e bom humor são os melhores conselheiros. Disputa e concorrência são as piores inimigas.

Agora que você conhece tudo sobre a dupla dinâmica avós e bebês, compartilhe com as avós do bebê, com os amigos e com a família e espere o retorno positivo que dá juntar netos e avós, velhos e bebês.


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