Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
BACK

Como lidar com a timidez do meu filho?

Como lidar com a timidez do meu filho?
Alô Bebê
Jan. 2 - 7 min read
000

Tem crianças que adoram fazer novas amizades e não se importam em ter plateia para suas brincadeiras, mas muitos pequenos ficam quietinhos e preferem não se apresentar a estranhos. O que isso quer dizer? Que simplesmente existem crianças que são extrovertidas e outras introvertidas. São as características psicológicas de cada uma, e é um erro considerar que um padrão de comportamento é melhor do que o outro. Se irmãos gêmeos já são diferentes entre si, agora imagine entre todas as crianças do mundo – era de se esperar que as personalidades fossem distintas, não é mesmo?

Seu filho tem todo o direito de ser mais fechado – e isso não é motivo de preocupação. Em geral, as pessoas pensam que crianças mais caladas têm uma tendência a serem jururus porque não costumam dividir seus sentimentos com muita gente. Mas a verdade é que, mesmo que não falem para todo mundo, eles têm suas próprias formas de demonstrar e comemorar sua felicidade de um jeito mais discreto. Ser introvertido não significa ser antissocial. A inibição não é um problema, desde que a timidez da criança não atrapalhe seu desenvolvimento.

O seu pequeno não precisa iniciar o pique-esconde no parquinho, ser o capitão do time ou querer ter o personagem principal da peça da escola. Ele pode estar muito feliz apenas jogando ou participando em um papel menor. No entanto, é importante que a mamãe e o papai prestem atenção se a criança realmente se envolve nos momentos ou apenas assiste aos acontecimentos. E principalmente: notar se a timidez representa um obstáculo para que a criança realize determinadas tarefas, como tirar uma dúvida na sala de aula, pedir para ir ao banheiro ou até mesmo ir a uma festinha de aniversário.

Diferença entre timidez e introversão

Muitas pessoas confundem os conceitos de tímido e introvertido, mas na verdade cada um deles significa algo diferente. A timidez, acanhamento e retraimento são sinais de pessoas que se sentem inibidas e com grande desconforto em situações específicas de interação social.

Ser introvertido é uma característica pessoal, onde o foco da atenção é a própria pessoa (introversão). Quem é introspectivo, costuma ser bom ouvinte e ser uma pessoa atenta as necessidades alheias, pois consegue facilmente se pôr no lugar do próximo.

Quem é tímido não é sempre retraído. Por isso, muitos tímidos são considerados extrovertidos em diversos momentos. Existem pessoas que se sentem fechadas em qualquer contato social, mas muitas conseguem separar as situações, por exemplo, não gostam de festas, mas não têm problemas no trabalho em grupo, ou não falam em público, mas se dão bem em ambientes sociais e consegue se expressar tranquilamente para várias pessoas.

Como posso ajudar?

Para que a timidez excessiva não prejudique a vida do seu filho, é necessário ajudá-lo a enfrentar seus medos de maneira saudável. Para isso, confira algumas dicas:

 

  • Não force uma situação! Expor seus filhos de modo excessivo e exigir mais do que eles conseguem fazer terá o efeito contrário. Em vez de ensinar a lidar com as pessoas em volta, esse tipo de exposição pode acabar causando constrangimento e traumas, deixando os pequenos ainda mais inibidos.

  • Seja o interlocutor caso ele tenha dificuldade para fazer amizade com novas crianças, por exemplo. Uma boa ideia é acompanhar os pequenos em festinhas e outros eventos nos quais eles possam se sentir constrangidos. A presença dos pais ajuda a deixá-los mais seguros nessas situações. Mas claro, na hora que ele começar a se soltar, é hora de sair de cena!

  • Estimule o diálogo em casa. Quanto mais os pais incentivarem as crianças a falarem de como se sentem e o que gostam de fazer, mais facilidade terão em se expor em público porque se sentirão mais confiantes.

  • Ensine ela a assumir uma postura confiante ao puxar assunto com outras crianças. Olhar nos olhos e evitar manter os braços cruzados são boas instruções!

  • Mostre que você também passou por essa situação! Conte à criança sobre as vezes em que você sentiu um frio na barriga ao se expor, e relate, de forma divertida, como conseguiu superar o desafio. Ela vai se sentir reconfortada, ao ver, que seus super-heróis, mamãe e papai, combateram os mesmos vilões.

  • Evite rótulos. Tachar que a criança é tímida pode cristalizar uma autoimagem negativa e contribuir para que ela fique cada vez mais retraída. Esse adjetivo acaba sendo associado a algo ruim, e a criança entende que há algo errado com ela.

  • Permita que ela interaja com desconhecidos. Forçar um abraço no primo ou cumprimentar a vizinha muitas vezes não sai como o desejado. Mas no dia a dia, vale deixar o pequeno fazer o pedido em uma padaria, ou perguntar uma informação a um vendedor de uma loja, por exemplo. Quando existe uma finalidade, e a criança se sente importante e motivada a se relacionar.

  • Não compare. Falar sobre o que os irmãos, amigos ou colegas de sala conseguiram concretizar, e o seu filho, não, apenas aumentará a sua insegurança;

  • Mantenha um canal de comunicação com a escola do seu filho. Avise os professores sobre as suas preocupações e peça para que também observem a reação do pequeno as situações do dia a dia. Juntos, vocês podem verificar em quais momentos ele se sente mais ou menos à vontade.

  • Dê o exemplo. Uma criança tímida, criada em uma família com pais extrovertidos, tende a perder o medo de se relacionar com mais rapidez.

Dicas específicas para os pais:

  • Aceite que o seu filho não precisa estar sempre rodeado de crianças para brincar. Ele também pode se divertir sozinha de vez em quando, lendo um livro, desenhando ou criando um faz de conta – e tudo bem!

  • Avalie o seu comportamento antes de se descabelar com introversão do seu filho. Em um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, pesquisadores constataram que os filhos de mães estressadas e solitárias apresentavam maiores dificuldades de socialização. Ou seja, é essencial pensar em como você está se comportando e em como suas ações refletem em seu filho. A superproteção também pode ser um perigo. Se você é do tipo que escolhe a roupa da criança e demonstra preocupação excessiva, está estimulando a dependência e a insegurança

Com paciência e informação, mamãe e papai estarão prontos para ajudar seus filhos a encararem as mais diversas situações, sempre de cabeça erguida! Abraçando a individualidade de cada criança, a família se torna única.

Para ler mais conteúdos como esse, acesse a Comunidade Alô Bebê! Aguardamos a sua visita!


Report publication
    000

    Recomended for you