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Do berço para a cama: como fazer essa transição?

Do berço para a cama: como fazer essa transição?
Alô Bebê
mai. 28 - 7 min de leitura
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Existem alguns momentos na vida com os filhos que têm a força e o valor de um verdadeiro ritual. É assim com o nascimento, com o primeiro banho em casa, quando o neném começa a andar, o primeiro dia na escola, entre tantos outros.

Um desses rituais é a passagem do berço para a cama. Nessa virada dá para ver que o bebê cresceu mesmo. Já é uma criança grande, pode subir e descer da própria cama e o berço já está impedindo os movimentos e a liberdade do seu pequeno.

Não existe data certa para passar do berço à cama. Existe sim a percepção dos pais sobre a fase em que o filho está, sobre a maturidade para fazer a transição e sobre a nova organização do quarto e da rotina para não causar dificuldades para a família.

Em geral, a troca do berço para a cama acontece entre os 2 e os 3 anos da criança. Como foi dito, não é regra, é uma questão de entendimento.

O dever de casa dos pais é observar constantemente os sinais que o filho envia. E, acredite, alguns sinais que dão dicas se está ou não na hora de fazer essa boa mudança.

A primeira pista...

...é a criança se sentir desconfortável no berço. Se ela já fala, ou se expressa bem, vai dar a entender que está apertado, que impede os movimentos e que ela não fica relaxada ali.

Enquanto o bebê estiver tranquilão e sem se incomodar dentro do berço, talvez não seja o tempo de passar do berço para a cama. Tem, inclusive, criança que ama o berço e demora bastante para desapegar.

Por isso mesmo é fundamental reparar no humor e no comportamento do seu filho. Tirar do berço e colocar na cama antes da hora pode gerar insegurança, insônia e confusão na criança. Demorar demais, no entanto, pode gerar irritação e frustração na criança.

Dormir precisa ser um bom momento de prazer e gratidão. Tudo que os pais puderem fazer para conseguir esse resultado é muito bem vindo.

O tempo de cada um

Se existe uma habilidade na qual os pais são imbatíveis é entender a personalidade dos filhos. Ninguém conhece os filhos como os pais. Ninguém pode avaliar melhor o que vai acontecer com o bebê quando passar do berço para a cama na hora de dormir.

Tem criança que é tranquila mesmo. Se adapta rápido, encontra bons motivos para amar a cama nova, se apega ao travesseiro, aos lençóis e aos cobertores novos. Se sente orgulhosa porque cresceu e ganhou uma cama inteirinha para ela.

Mas, ao contrário, tem bebê que é apegado, que demora a se adaptar e que sofre em qualquer mudança. É do feitio dele e os pais devem respeitar, tomando o cuidado para não adiar processos importantes e para não atropelar o tempo da criança.

Assim, é fundamental levar em conta o jeitão do seu filho na hora de tomar decisões simbólicas e impactantes como essa. Será que é o momento da família passar por isso? Se não é, os pais devem ficar tranquilos e fazer a transição mais adiante. Se é, vamos em frente, porque mudanças são bem vindas e fazem a vida andar para frente.

O sono é uma questão importante em todas as famílias. É fundamental a criança dormir a noite toda para garantir uma boa saúde, um bom nível de desenvolvimento e os pais terem disposição para todas as tarefas do dia que começa. Por isso, o quarto do bebê precisa ser um lugar seguro e acolhedor, o que facilita uma noite de sono satisfatória para todo mundo.

O berço é, por si só, um móvel bem seguro, que dá aos pais tranquilidade para deixar o bebê lá e relaxar. A cama traz uma sensação diferente. Ter menos grades, não ter níveis ajustáveis de altura e ser fácil de escalar, são características próprias da cama, mas que podem deixar os pais preocupados.

Vamos por partes

Se já está na hora de passar do berço para a cama é porque seu filho já consegue subir e descer de móveis mais baixos, como o sofá e as poltronas da casa.

É possível colocar grades na cama e, aos poucos, a criança vai aprendendo intuitivamente os limites da cama, até que dá para tirar a grade de vez. De mais a mais, cair de uma cama de altura comum quando está dormindo não representa um perigo muito grande, lembram os pediatras. É desagradável, mas não costuma representar um acidente sério.

Também é possível projetar camas mais baixas e até na altura do chão. A educação da linha montessoriana gosta e recomenda muito essa ideia, que diminui o risco de queda e dá liberdade total para a criança entrar e sair da própria cama.

Ainda em termos de segurança, reduza a quantidade de bichos de pelúcia, almofadas e cobertores na cama nova. Menos é mais. Menos poeira, menos estímulo. Mais liberdade e mais tranquilidade.

A cama não deve ser uma escada para a janela. Evite ter equipamentos elétricos ligados perto da cama. Prateleiras e armários presos na parede devem ficar do lado oposto da cama.

Segurança também é um sentimento

Quando a criança se sente segura na passagem do berço para a cama, a transição acontece com mais suavidade e tranquilidade. A senha é transmitir positividade para o filho.

A toada é: "Filho, como você cresceu e agora é uma criança grande, vai ganhar uma cama novinha e ficar como todos os outros da família. Não é legal?" Vai ter lençol e cobertor novo, aquele cheiro de colchão novo e a certeza da confiança dos pais, porque já pode dormir na cama grande.

Convide seu filho a participar do processo, escolher a cama, desmontar o berço, decidir os lençóis que gosta mais. Na medida das possibilidades dele, pode ser um momento bem divertido e de crescimento para família toda.

Ouvir as dicas de quem já fez a transição do berço para a cama pode ser uma boa ideia. Pais e mães que já atravessaram essa fase sabem bem o que funciona e o que dá ruim. Se você já enfrentou essa virada do berço para a cama, que tal contar para os outros pais e mães? Coloque aqui na área de comentários o que foi mais difícil. Se puder, escreva também aquelas dicas que funcionaram para a sua família.


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