Acredite, dá para ensinar os conceitos mais elementares da economia para as crianças, desde bem pequenas. É a chamada educação financeira infantil que garante que a mesada vai estar de acordo com as necessidades, que o salário vai caber e que, logo, será possível acumular alguns bens.
1. Poupança
O segredo é sair do abstrato e ir para o concreto. Quando a criança tiver perto de 3 anos, dê um cofre para ela e ensine que sempre que ela guardar uma moeda ali, a coleção cresce. Com 3 moedas, dá para comprar um picolé. Com 20 moedas, um brinquedinho. O que ela prefere?
Quando seu filho crescer, a educação financeira infantil permite um pouco mais de sofisticação. Dê dois cofres a ele. O primeiro serve para poupar e comprar coisas menores. O segundo serve para poupar para projetos de longo prazo. A criança vai aprender a poupar, a ter foco e paciência.
2. Planejamento e gestão
A ideia é ensinar a criança a escolher o que quer adquirir, se organizar para juntar o que precisa e só comprar quando tiver todo o recurso. Peça para a criança desenhar o objeto do desejo. Depois faça quadradinhos embaixo. Um quadrado para cada 5 ou 10 reais. Cada dinheiro que a criança guardar, pinta um quadradinho. Assim, ela vai tendo a noção de que economia se faz com o tempo. Demora, mas compensa.
3. Pesquisar e comparar preços
Mesmo que seu filho ainda não saiba ler e escrever, ele com certeza já entende matematiquês. Sabe o que é muito e sabe o que é pouco. A tarefa dos pais é ensinar o que vale muito dinheiro e o que vale menos.
Um brinquedo custa mais que uma banana. Se você está com fome, precisa primeiro da banana. Assim, vale a pena gastar, porque custa pouco e é necessário.
Se a criança tem por volta de sete anos, já pode comparar preços. Ela já sabe ver os números e entende qual é o maior e qual é o menor. Assim, pode escolher o produto com base nos preços.
4. O rei das listas
Um dos conceitos mais legais da educação financeira infantil é a lista. Organizar antes o que precisa ser comprado na feira, ou no mercado, é uma tarefa que está ao alcance da criança que já escreve e já lê. Além de garantir que não vai faltar nem sobrar nenhum produto — equilíbrio e consumo consciente — dá para ensinar a pesquisar os preços.
Ao lado de cada produto da lista, peça que a criança marque o preço encontrado. Durante as semanas seguintes, repita a operação. No final do mês, dá para notar se os preços subiram ou baixaram, quais são os itens mais caros, mais baratos, e aqueles que a família consome mais.
5. Consumo consciente
Esse é o item que a gente mais adora na educação financeira infantil. É ainda criança que precisamos aprender que comprar é necessidade e escolha. Ninguém é obrigado a comprar nada. E, até tomar uma decisão da compra, é possível esperar, planejar e decidir com consciência e sabedoria.
Crianças são impulsivas e gostam de ter coisas. Uma fórmula perigosa que precisa ser desativada o quanto antes. Antes de comprar, devemos sempre perguntar: Eu preciso disso? Mesmo? E preciso agora? Se uma das respostas for não, a compra não precisa acontecer.
Agora é espalhar as ideias por aí. Compartilhe em suas redes sociais e ensine educação financeira infantil também para os amigos.