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Hipotonia: Você sabe o que é um "floppy baby"?

Hipotonia: Você sabe o que é um "floppy baby"?
Alô Bebê
Feb. 5 - 6 min read
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O primeiro ano de vida do bebê é literalmente uma aventura! São centímetros, roupas, mamadas, alimentos e movimentos novos a cada dia. Para se ter uma noção de como é rápido o desenvolvimento dos pequenos nessa fase, pense que com apenas um mês, os nenéns, em sua maioria, já levantam um pouco a cabeça. E quando alcançam os dois meses, controlam o pescoço por curtos períodos e chegam, inclusive, a apoiar o peso nos braços para levantar o olhar e acompanhar o movimento! De ouvidos em pé, nossos filhos estão antenados em tudo que acontece ao seu redor – e o seu corpinho acompanha esse ímpeto. Infelizmente, uma pequena parcela dos recém-nascidos não consegue realizar esses movimentos, pois são mais “molinhos”. Esse grupo é composto dos famosos “floppy babies”.

Essa é uma expressão americana que caracteriza os pequenos que têm hipotonia. A principal característica dessa condição é ter menos força, que no caso dos bebês, pode ser descrita como uma flacidez excessiva! Dependendo da intensidade, os principais sinais podem ser percebidos nos primeiros minutos de vida, durante as verificações de rotina do tônus muscular dos recém-nascidos. Já em outros casos, a hipotonia pode se manifestar um pouco mais tarde, sendo perceptível durante o primeiro ou até o segundo ano de vida.

Para entender melhor essa patologia, e como identificá-la, vamos começar pelo básico:

O que é Hipotonia?

É a diminuição do tônus muscular e da força, o que causa moleza e flacidez.

Conforme já comentamos, os sintomas da hipotonia são bem aparentes. Mas, infelizmente, isso não quer dizer que o diagnóstico está finalizado. Podemos dizer que essa condição é apenas uma “consequência” física de uma outra doença. Um sintoma intenso que afeta a força muscular, os nervos motores e o cérebro. Por conta da magnitude do sistema afetado (nervoso), é crucial identificar a raiz do problema o quanto antes.  

E qual poderia ser a raiz/causa da hipotonia?

Essa pergunta é realmente bem complicada de responder, pois existem vários fatores que podem originar tal condição – e ao mesmo tempo há o caso em que nenhum motivo é encontrado. Para entender o porquê dessa réplica tão abrangente, é importante ter em mente toda a região acometida pela doença. O tônus e o movimento muscular envolvem o cérebro, a medula espinhal, nervos e músculos. Pense que a hipotonia pode ser o sinal de um problema qualquer ao longo da interface que controla todo e qualquer movimento muscular.

Dessa maneira, as causas podem incluir:

Danos cerebrais ou encefalopatia em função de:

  • Falta de oxigênio antes ou logo após o nascimento

  • Problemas com a formação cerebral

Distúrbios musculares, como distrofia muscular

Distúrbios que afetam os nervos que abastecem os músculos (distúrbios neuromotores)

Distúrbios que afetam a capacidade de os nervos enviarem mensagens para os músculos:

  • Botulismo infantil

  • Miastenia grave

Erros inatos de metabolismo (distúrbios genéticos raros nos quais o corpo não consegue transformar alimento em energia adequadamente)

Infecções (zika e meningite, por exemplo)

Outros distúrbios genéticos ou cromossômicos que provocam danos no cérebro e nos nervos, como:

  • Síndrome de Down

  • Síndrome de Prader-Willi

  • Doença de Tay-Sachs

  • Trissomia 13

Outros distúrbios diversos:

  • Acondroplasia

  • Hipotireoidismo congênito

  • Ataxia cerebelar congênita

  • Síndrome de Marfan

  • Substâncias tóxicas ou toxinas

  • Lesões na medula espinal durante nascimento

Nas crianças que nascem com o sintoma, mas não tem nenhuma doença/causa relacionada, chamamos a condição de “hipotonia congênita benigna”. Nesses casos, a criança pode se beneficiar de tratamentos fonoaudiólogos, ocupacionais e físicos, para ganhar tônus muscular e continuar se desenvolvendo. Normalmente, os pequenos hipotonia congênita benigna têm pequenos atrasos de desenvolvimento ou dificuldades de aprendizagem que continuam ao longo da infância.

Sintomas de Hipotonia

Os indícios específicos da primeira infância são:

  • Falta de controle parcial ou total da cabeça

  • Atraso no desenvolvimento motor, tanto para andar quanto para coisas mais finas, como segurar um lápis

Já em pessoas de qualquer idade os sinais, podemos elencar:

  • Diminuição do tônus muscular

  • Diminuição da força

  • Reflexos fracos

  • Hiperflexibilidade

  • Dificuldades de fala

  • Diminuição da resistência à atividades

  • Postura debilitada

Sinais – para mamãe e papai ficarem de olho:

  • O recém-nascido não domina os músculos do pescoço, a cabeça cai para frente, para trás ou para o lado.

  • Choro fraco em bebês ou voz silenciosa em crianças pequenas.

  • Neném flácido, especialmente quando você o levanta: se você o pegar com as mãos sob as axilas, os braços podem ser erguidos sem resistência – como se o pequeno pudesse escorregar por entre as mãos.

  • Os bebês geralmente descansam com os braços e as pernas um pouco flexionados nos cotovelos, quadris e joelhos. As crianças com hipotonia não têm essa flexão – seus braços e pernas ficam em linha reta.

  • Problemas de sucção e de deglutição.

Diagnóstico

O primeiro passo será o exame físico. Com isso, estarão inclusos exames detalhados do sistema nervoso e da função muscular. É comum que profissionais de outras áreas também participem no processo de diagnóstico, para que distúrbios possam ser encontrados.

De maneira geral, a Fisioterapia Pediátrica se faz necessária em todos os casos, para melhorar o tônus muscular. Dessa forma, o profissional atuará para que futuras contraturas sejam evitadas. O fisioterapeuta está comprometido com a melhora da postura e da coordenação do paciente, fortalecendo ao redor das articulações e da extremidade para proporcionar mais estabilidade e suporte.

Projeções

Em função da sua causa, a hipotonia pode diminuir, estabilizar ou agravar ao longo do tempo. Porém, não desanime - tudo é uma questão de buscar orientação profissional! Com o tratamento adequado, o prognóstico é positivo. A maioria das crianças melhoram por volta dos 3 anos de idade!

Você conhecia essa expressão? Já teve algum bebê na família ou conhecido com essas características? Conte para nós! Deixe o seu comentário e aproveite para compartilhar o conteúdo com mais mamães e papais! Boa informação sobre a saúde dos nossos filhos nunca é demais, não é mesmo?!


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