Você já recorreu à comida para aliviar sentimentos e sensações ruins? A maioria das pessoas, sim. Mas você sabia que esse comportamento não é exclusividade dos adultos? As crianças também t²m essa tendência! Cabe as mamães e papais não incentivar esse hábito.
Normalmente, o primeiro “erro” é ver a comida como uma calmante natural para o bebê. O pequeno, em dias de muita energia, pode desafiar os pais, que em um tentativa desesperada, oferecem um alimento mais gostoso para distrair e aquietar a criança. Claro que, uma vez, não há problema. O perigo mora na repetição! Sabemos que os bebês ficam entediados com facilidade, mas esse não pode ser um recurso recorrente.
A questão está na relação que a criança criará na sua cabeça – entre a comida e o sentir-se bem. Não será mais entre estar com fome e saciar-se. O prazer de comer os alimentos, sentir os gostos e as texturas, se perderá. A comida será apenas uma recompensa para quando ele quiser algo novo.
Essa calma, mantida à base de comida, pode até resolver o problema na hora, mas os riscos a longo prazo são muito grandes, já que podem afetar seus hábitos alimentares e a saúde.
Um estudo publicado no International Journal of Obesity comprovou que essa associação distorcida com a comida pode levar ao desenvolvimento do sobrepeso e obesidade. Isto por que comer se torna um prazer, uma necessidade fisiológica e uma fuga, pois é exatamente essa satisfação que as crianças e jovens procuram para lidar com suas angústias e aflições.
Caso seu filho já seja um pouco maior, confira dicas preciosas para que ele desenvolva uma relação saudável com a comida:
Dê o exemplo
Os bebês aprendem tudo na base da cópia. Para o bem e o mal. Isso quer dizer que nem todo o esforço adiantará para que ele se acalme sem uma mamadeira, se ele observa constantemente a mamãe devorando um belo bolo de chocolate. As crianças estão de olho em tudo!
Não compare os hábitos alimentares do seu filho aos de outras crianças
Se você tem mais de um filho, saiba que a relação que eles têm com a comida não será igual. Por isso, não faça comparações entre as crianças. As vontades, gostos e necessidades de cada uma precisam ser analisadas individualmente.
Não use a comida como moeda de troca
É comum que durante a infância os pais usem certos alimentos para "premiar" bons comportamentos. Essa forma de compensação pode ser um problema. Quando isso se torna um hábito, a saúde é afetada e distúrbios como a obesidade podem aparecer. Lembre-se sempre: a comida não deve ser sinônimo de recompensa emocional, ela serve apenas para matar a fome.
Explique a diferença entre desejo e necessidade
Explique didaticamente que necessidade e desejo são coisas bem diferentes. A necessidade é um pedido do corpo por comida, enquanto o desejo é um luxo que traz sensação de contentamento!
Consciência alimentar é essencial para se ter uma vida adulta saudável! Todas as crianças merecem conhecer o prazer de comer (apenas) para se saciar. Compartilhe esse conteúdo e ajude mais mamães e papais a acalmarem seus pequenos sem usarem alimentos.