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O guia definitivo para a primeira semana do bebê em casa

O guia definitivo para a primeira semana do bebê em casa
Alô Bebê
Jan. 18 - 10 min read
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Depois de toda a emoção do nascimento e o amparo dos primeiros dias na maternidade é hora de voltar para casa com seu bebêzinho no colo. E aí, é com vocês. Mesmo que vocês tenham ajuda, os principais cuidados estão nas mãos de vocês.

Pode parecer um pouco assustador ter de cuidar e se responsabilizar por uma coisinha tão pequena e delicada, mas — acredite — ele não é tão frágil assim. Com um pouquinho de sensibilidade dá para sacar o que o bebê precisa e organizar bem a rotina. A seguir, nós separamos as principais necessidades e cuidados do recém-nascido, já com as dicas para facilitar a lida e os dengos com seu filho.

Alimentação

O recém-nascido ainda está aprendendo como funciona o mecanismo da fome e da saciedade e, por isso, não sabe bem como interpretar aquele desconforto que tira o sossego. Assim, além de dormir bastante, o que o bebê dessa fase mais faz é mamar.

Por ser pequenininho, nem sempre consegue encarar 15 minutos em cada seio, como é o recomendado. Às vezes cansa antes, para, dorme e recomeça mais tarde. O ideal, então, é a livre demanda. Se seu filho chorar, ofereça o peito. Ele vai mamar o quanto aguenta e isso será o suficiente.

À medida que o bebê vai ficando mais forte, as mamadas vão ficando mais curtas e mais eficientes e a rotina começa a se estabelecer. Não tenha pressa. A visita ao pediatra deve acontecer entre 7 e 10 dias de vida, o que deve cair na primeira semana em casa. Nesta consulta o médico vai medir e pesar o bebê e esses números vão indicar se é preciso reforçar as mamadas ou se o ritmo está adequado.

Nessa fase a mãe deve se alimentar de forma equilibrada, tomar bastante líquido e descansar sempre que o bebê dormir. É a ingestão de líquidos e o repouso — além do movimento de sucção da criança — que faz a produção de leite aumentar.

Sono

Nos primeiros 10 ou 15 dias de vida o que o bebê mais faz é dormir. Ele ainda está entendendo que a vida mudou e que ele mora agora num mundo agitado e cheio de gente. O excesso de estímulos deixa o recém-nascido irritado e choroso. Por isso, vale a pena respeitar a necessidade de sonecas.

Como mama pouco e, na primeira semana o leite ainda pode ser só colostro, a fome bate rapidinho e o bebê acorda várias vezes para se alimentar. É uma fase de entrega da mãe mesmo. Ela precisa estar à disposição e amamentar entre as dormidas. Em poucas semanas, o ritmo se impõe, as sonecas ficam mais compridas e reduzem em número ao longo do dia. Mas isso é só mais para frente. Na primeira semana, é sono de passarinho mesmo.

Somando esse sono picadinho com a falta de entendimento do que é noite e do que é dia, o resultado é que as noites de quem tem bebê novinho em casa são bem movimentadas. O neném acorda toda hora, mama, troca a fralda, dorme de novo e repete tudo.

O mais indicado, portanto, é ensinar o bebê desde o dia 1 o que é dia e o que é noite para que ele vá ganhando ritmo. Nas sonecas do dia deixe a cortina aberta. A casa pode manter a movimentação normal, com barulho, rotina e tudo. Quando começar a escurecer, aí a casa deve adormecer junto com o bebê: silêncio, pouca agitação, nada de bagunça.

A segunda providência é deixar o bercinho do recém-nascido no quarto dos pais. Assim, quando ele acordar, fica mais fácil amamentar, arrotar e pegar no sono novamente. Além disso, a companhia dos pais deixa o bebê mais seguro e relaxado. Assim, dorme mais fácil. Quando o bebê pegar o ritmo da noite e emendar 4 ou 6 horas dormindo direto, aí já pode sair do quarto do casal e encarar a noite no próprio quarto.

Higiene

Bebêzinhos saem pouco, suam pouco e não precisam de um exagero de limpeza. São três as etapas mais importantes: a limpeza do umbigo, a troca das fraldas e o banho. As trocas de fralda, nos primeiros 7 dias, devem acontecer a cada 3 horas, ou sempre que o recém-nascido fizer cocô.

É comum que bebês que mamam no peito façam pouco cocô e até fiquem alguns dias sem fazer, isso porque o leite materno é super aproveitado pelo organismo e quase não sobra resíduo. A cada troca é preciso limpar o bumbum e a genitália com algodão e água morna, secar com uma fralda de pano e passar um creme antiassadura.

Não precisa aplicar demais, apenas o suficiente para cobrir a virilha, o saco escrotal ou os grandes lábios. Se o creme antiassadura ficar grudado na pele, um óleo de amêndoas sem cheiro ajuda a limpar.

A limpeza do umbigo pode ser feita uma vez ao dia, depois do banho, com cotonetes e álcool 70º, que esteriliza e ajuda a cicatrizar. Com delicadeza, passe o cotonete embebido no álcool no entorno do coto. Pode levantar, mas não precisa puxar. E não tenha medo, pois o coto não doi e o bebê não sente nenhum desconforto.

Ele cai sozinho entre o 10º e o 15º dia do recém-nascido, ou seja, na semana seguinte à chegada em casa. Depois, não precisa secar, nem cobrir com bandagem. A fralda fica pra baixo do umbigo e não incomoda a cicatrização.

Por fim, o banho do bebê. Basta lavar o bebê uma vez ao dia, de preferência no horário mais quente, para que ele não pegue friagem. Encha a banheira com água morna para que fique na metade do corpo do bebê deitado. Lave o corpo com sabonete neutro e retire com a água. É importante lavar as dobrinhas e garantir que tirou todo o sabão das partes mais escondidas, como a virilha e a axila.

Depois, molhe a cabeça e o rosto com a sua mão molhada, passe um pouquinho de shampoo ou sabonete neutro líquido no couro cabeludo, alise e tire com água. Enrole o bebê na toalha e vista ele num ambiente quentinho e sem vento. Alguns pediatras não recomendam lavar a cabeça diariamente e alertam para a importância do sabonete apropriado para não ressecar a pele do recém nascido.

Choro

É, não tem jeito, recém-nascidos choram mesmo. Nascem chorando e usam esse recurso sempre que sentem qualquer desconforto. A boa notícia é que esse é um comportamento dos bebês saudáveis, que logo entendem que, soando o alarme, alguém vem socorrer e o desconforto passa. Por outro lado, ele ainda está aprendendo o que é cada desconforto. Pode ser fome, sede, frio, calor, irritação, saudade da mãe e do pai.

Dificilmente, durante a primeira semana é cólica. Mas pode ser denguinho. Normal. Ele passou 9 meses grudado — literalmente — na mãe e a solidão pode incomodar mesmo. Excesso de estímulo na casa também deixa o bebê irritado. Cabe aos adultos que cuidam do pequenino ajudá-lo a decifrar o que não está bom.

Se seu filho chorar, pegue no colo e converse com ele (pode ser frio ou saudade ou excesso de atividade). Se não passar, coloque para mamar (pode ser fome ou sede). Se estiver muito quente, reduza a quantidade de roupas. Se estiver frio, ponha mais uma mantinha.

Mas nunca, sob nenhuma hipótese, deixe o bebê chorar até cansar. Ele não faz isso por mal e nem é mal educado. Ele está conhecendo tudo, pode ter medo, solidão, frio ou calor. Ele sabe que o que vai resolver seus problemas é a ajuda de um adulto, que tira o incômodo e dá aconchego. E, cá entre nós, essa é a melhor parte de ter um recém nascido: poder ficar grudado, sentindo aquele calorzinho e aquele cheirinho bom. Aproveite!

Cuidados extras

Excesso de estímulo: evite muita confusão e muita gente em casa nos primeiros dias do bebê. Ele está conhecendo este mundo e se acostumando lentamente com os cheiros, os sons, os gostos e as luzes. Durante o dia, movimentação normal, mas sem exagero. Do fim da tarde para a frente um ambiente mais quieto ajuda muito.

Visitas: Nos primeiros dias, o ideal é que apenas a família e quem está ajudando a cuidar do bebê estejam na casa. O bebê precisa de calma e a mãe precisa descansar sempre que for possível. Se vierem, todo mundo de mão lavada e nada de beijos no recém nascido.

Frio ou calor? A gente costuma achar que bebês têm muito mais frio que os adultos. Não é exatamente verdade. Um pouquinho de frio sim, mas não precisa exagerar. Cobrir os pés, as mãos e a cabeça são uma boa medida.

Perceba que não há nenhuma tarefa tão difícil assim. É trabalhoso, mas dá para fazer numa boa. O importante mesmo é conhecer esses hábitos e se preparar antes do bebê nascer para não ser pego de surpresa. Nossa ideia aqui é justamente facilitar seu dia a dia.

Se você gostou desse conteúdo, se cadastre aqui no Alô Bebê Club, que tem mil informações úteis para pais e mães que estão esperando, ou que têm filhos pequenos e grandes. Até a próxima!

 


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