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O que fazer na hora de escolher a escola do seu filho?

O que fazer na hora de escolher a escola do seu filho?
Alô Bebê
jan. 30 - 7 min de leitura
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Depois que o bebê cresce um pouco e os cuidados de puericultura (higiene, comida, sono, doenças e ganho de peso) deixam de ocupar tanto os pais, surge uma nova preocupação: como escolher a melhor escola para a criança?

Em geral, essa conversa surge na família quando o filho tem por volta de 2 anos de idade e muitas dúvidas aparecem. Da linha pedagógica à formação dos profissionais, passando pelo ensino bilíngue e pelo horário de entrada e saída.

Fizemos uma lista com as principais questões que orbitam essa seleção e que vão ajudar você a saber o que fazer na hora de escolher a escola do seu filho.

1. Quando?

Qual é o momento certo de mandar o filho para a escola? Educadores e pediatras sabem que a família é quem decide, mas sugerem que, se for possível esperar, é melhor depois que a criança anda e fala. Ou seja, perto dos 2 anos de idade.

Se der para esperar um pouco mais — depois de desfraldar — mais legal ainda, porque isso evita que a criança fique muitas vezes doente, já que o sistema imunológico estará mais fortalecido.

2. Como deve ser a escola?

A pergunta que deve orientar os pais nesse momento é: como queremos que a criança seja educada? Antes ainda da linha pedagógica, é muito importante conhecer os valores da escola: Humanista? Religiosa? Rígida? Flexível? Com alimentação diferenciada?

Isso aproxima — ou afasta — a família da escola. Quanto mais afinada for essa relação, melhor. Ou seja, se, na sua casa, a alimentação é saudável, sem açúcar e sem industrializados, o lanche da escola precisa seguir essa linha.

Se para os pais é importante que a criança brinque ao ar livre, a escola precisa ter uma boa área externa, onde bata sol e a criança tenha algum contato com a natureza. Nada disso é frescura, ou excesso de zelo. Se, ao entrar na escola, os pais se sentem em casa, à vontade, concordam com as regras, confiam nas decisões da equipe, essa é a escola certa para a criança. Quanto mais escola e família combinam, melhor.

Seguindo nessa linha, a escola ser próxima à casa ou ao trabalho dos pais é uma boa medida. Assim, a criança fica menos tempo no trânsito e, se for preciso buscar seu filho rapidamente — porque apareceu uma febre ou aconteceu algum machucado, por exemplo — tudo fica mais fácil.

Além disso, quando os amigos são da região, as visitas à casa dos colegas, passeios e idas a festinhas de aniversário também ficam mais tranquilos. O valor da mensalidade e gastos extras também contam, afinal de contas a escola precisa caber no orçamento da família.

3. A criança está à vontade?

Talvez você se encante com uma escola linda, gigante, com bosque, quadra e teatro. Mas seu filho, ao olhar para o tamanho de tudo aquilo, se assuste. Talvez ele fique mais à vontade numa escola pequena, acolhedora e com poucos colegas.

As preferências e características da criança precisam ser ouvidas e respeitadas. Claro que a palavra final é dos pais. Mas se você conhece bem o seu filho, vai saber identificar onde ele se sente mais feliz e relaxado.

4. Qual é a linha pedagógica?

Sim, isso é importante. O método de ensino e aprendizagem faz toda a diferença. Aqui no Brasil, as linhas mais trabalhadas são cinco: comportamentalista, construtivista, montessoriana, waldorf e tradicional.

Na escola comportamentalista, a técnica, o processo e o material são a parte mais importante. Os resultados devem ser possíveis de medir. O professor controla o tempo e as respostas dos alunos, que devem aprender a partir de estímulos.

Na linha construtivista, é o aluno quem comanda seu processo de aprendizagem. Ele é o sujeito da trajetória e é educado para construir a própria autonomia. A relação entre alunos e professores é bem próxima.

A escola montessoriana parte da experiência como caminho para a construção do conhecimento. As salas têm menos alunos, os móveis e brinquedos têm finalidades específicas. O ritmo de aprendizagem do aluno é respeitado.

No método tradicional, o professor é a figura central e o conteúdo é o objetivo a ser alcançado. Nota e boletim têm grande importância e provas são a forma de avaliar o aluno.

As escolas Waldorf propõem ciclos de sete anos, onde brincar e fazer com as mãos são ações fundamentais para a construção do conhecimento. Há aulas como culinária, tricô, artes e música. O mesmo professor acompanha o grupo de alunos por todo o ciclo.

5. O que contam da escola?

Além de conversar com o diretor, ou coordenador pedagógico, ouça o que professores, funcionários e outros pais têm a dizer. Os casos que contam, se estão satisfeitos com a forma como a escola reage em situações fora do comum, são fundamentais.

Repare também nas crianças quando for visitar: parecem felizes, à vontade? Os professores têm paciência, tratam as crianças com carinho? Cheque a formação dos profissionais que vão acolher seu filho, veja se estão atualizados, se sabem socorrer numa emergência, se entram em contato em caso de necessidade. Tudo isso é importante.

Descubra como a escola olha para o futuro, as tendências de educação, como vê o planeta daqui a algum tempo. É para esse "lugar" que o colégio vai levar seu filho. É fundamental a família concordar e colaborar com esse caminho.

Está claro que não é uma tarefa simples saber o que fazer na hora de escolher a escola do seu filho. Mas é uma decisão realmente delicada, que envolve muitas variáveis — de pedagógicas a comportamentais, passando por fatores práticos como preço, lanche e horário das aulas.

Não tenha pressa na escolha e nem se deixe levar por impulso. A melhor escola é aquela que acolhe a criança com todas as suas características, estimula o aluno a aprender, respeita o ritmo e oferece conhecimento útil e duradouro.

Não pare na internet. Vá até as escolas e sinta o astral da instituição. Confie na sua avaliação. Leve seu filho também, veja como ele reage, se fica solto, se fica apreensivo. O comportamento diz muito também. Depois, voltem para casa e conversem sobre prós, contras, vantagens e desvantagens de cada escola visitada.

Se você já passou por isso, também é bem legal compartilhar com pais e mães que estão buscando escola sobre como decidiu e o que levou em conta. O conteúdo desse post e a sua experiência podem fazer a diferença na escolha das outras famílias.

Decidir baseado em experiências é outra coisa. Então, compartilhe esse conteúdo nas suas redes para ajudar outros pais e mães.


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