É um direito que toda grávida tem: cuidar bem da própria saúde para garantir uma gestação tranquila e ótimas condições para o bebê que está a caminho.
Aqui no Brasil, os exames e consultas médicas para acompanhar a gravidez são previstos em lei, podem ser feitos na rede pública ou particular e merecem um olhar bem atento. Esse conjunto é chamado carinhosamente de pré-natal e é composto por procedimentos bem específicos, que toda mãe precisa conhecer.
Assim que constata a gestação, a mulher deve procurar o ginecologista que, naquele momento, passa a se chamar obstetra. É ele quem vai acompanhar esse momento especial até o nascimento do bebê.
Em geral, se a gestação não é de risco, o pré-natal indica uma consulta por mês de gestação.
Mais no finalzinho, essas consultas podem passar a ser quinzenais e, semanais, até que chegue a data do parto.
O que esperar da consulta médica de pré-natal?
O obstetra vai, primeiro, conversar com a mãe e tirar as dúvidas. Depois vai contar o que é esperado para aquele mês. Depois disso, vem o exame clínico que deve envolver:
Medir a pressão arterial;
Verificar o peso;
Aferir a altura do útero e da circunferência abdominal;
E auscultar os batimentos cardíacos do feto;
O passo seguinte é voltar para a sala de consulta e solicitar de exames laboratoriais, de imagem e outros que forem necessários.
Os exames que estão presentes no pré-natal se dividem em duas frentes: os de laboratório e os de imagem. Abaixo, colocamos a lista dos exames obrigatórios, que são direito da grávida. Claro que, em situações especiais, o obstetra pode pedir outros, diferentes desses aqui.
1. Exame de sangue: para determinar o tipo sanguíneo da mãe. Dependendo do tipo, pode ter incompatibilidade entre o fator Rh da mãe e do bebê. Quando acontece, dá para tomar vacina e se prevenir de possíveis complicações.
Além disso, os exames de sangue devem pedir: dosagem de hormônios e anticorpos da tireoide, sífilis, HIV, hepatites A, B e C, controle de anemia, glicose, rubéola, citomegalovirose e toxoplasmose.
Em alguns casos, é feita uma pesquisa de trombofilias congênitas, uma condição mais rara, mas que pode levar ao parto prematuro.
2. Exame de urina: para detectar infecção urinária e presença de proteínas no xixi. Essa é uma condição que indica pré-eclâmpsia – doença não muito comum, mas que traz pressão alta e pode complicar o fim da gestação – e controla a glicemia.
3. Exame de fezes: é chato, mas precisa. É o único jeito de investigar verminoses e a presença de outros parasitas chatinhos no intestino. Mas só precisa fazer uma vez.
Agora vem os exames de imagem previstos em lei. O pré-natal é composto por:
4. Um ultrassom entre a 5ª e a 8ª semana de gestação. Esse tem de ser intravaginal para mostrar bem o embrião e o saco gestacional, calcular o tempo de gravidez e a data provável do parto. É legal fazer após a sexta semana, porque já dá para ouvir com clareza os batimentos cardíacos do embrião.
5. Um ultrassom entre a 11ª e a 14ª semana de gestação. A ideia aqui é medir a transluscência nucal, um fluido que fica na nuca do bebê e que ajuda a diagnosticar anomalias, como a síndrome de Down. Nesse mesmo exame, é possível observar a presença do osso nasal. A ausência dele indica a presença de síndromes genéticas.
6. Um ultrassom entre a 20ª e a 22ª semana de gestação. Chamada de ultrassonografia morfológica, esse exame mede peso e tamanho do bebê, avalia os órgãos internos da criança e pode indicar o sexo dela.
7. Um ultrassom entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. Apenas para avaliar o desenvolvimento e a movimentação do bebê.
8. Triagem de diabetes gestacional: um exame de sangue para verificar se a mãe desenvolveu diabetes gestacional, uma doença que requer cuidados especiais e possível antecipação do parto.
9. Um ultrassom entre a 34ª e a 37ª semana de gestação. Esse exame acompanhar o tamanho, o peso e a posição do feto. Avalia a maturidade da placenta e a quantidade de líquido aminiótico.
10. Triagem de estreptococo beta-hemolítico: também nessa fase final, avalia a presença de uma bactéria que deve ser combatida para o parto normal não infectar o bebê.
Agora que você já conhece os 10 exames essenciais que devem ser feitos no pré-natal, espalhe as novidades pelas redes sociais. Quanto mais gestantes souberem dos seus direitos, melhor para a saúde de toda a população.