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Permitir que o seu filho se sente em “W” pode ser prejudicial?

Permitir que o seu filho se sente em “W” pode ser prejudicial?
Alô Bebê
Feb. 18 - 4 min read
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Você já deve ter visto crianças – ou até o seu filho – se sentando com os joelhos dobrados e as perninhas para trás, ligeiramente afastadas do corpo, formando um “W”. Veja a imagem abaixo para saber à qual posição nos referimos:

É comum os pequenos sentarem assim quando estão brincando, e que a posição seja usada pelas crianças que começaram a engatinhar, visto que basta colocar os bumbunzinhos para trás e afastar as perninhas para sentar. Entretanto, como se trata de algo que gera preocupação entre os pais, a Alô Bebê decidiu tratar desse tema neste artigo.

Favorita

O “sentar em W” está entre as posições favoritas das crianças, e elas normalmente começam a usar essa postura por volta dos 10 meses, quando aprendem a sentar sozinhas. Não existe restrição em que elas sentem assim, sempre que por curtos períodos ou durante a transição de uma posição a outra, por exemplo.

O problema surge quando o sentar em W se transforma em hábito e os pequenos permanecem assim em excesso e evitam outras posturas. A posição está entre as mais comuns porque, ao aumentar a base de apoio, ela oferece mais estabilidade ao tronco e quadril, permitindo que os pequenos não tenham que desviar a atenção dos brinquedinhos para focar no próprio equilíbrio.

Em contrapartida, sentar em W dificulta a rotação do corpinho e o levantamento de peso quando os pequenos se viram para os lados para alcançar ou pegar objetos. Isso, por sua vez, pode prejudicar o desenvolvimento não só dessas habilidades, como afetar o fortalecimento da musculatura abdominal e das costas, e a evolução do domínio motor necessário para a realização de atividades futuras.

Ademais, como a posição limita os movimentos e previne que as crianças girem o tronco com facilidade, ela pode interferir na preferência pelo uso da mão direita ou esquerda. Com isso, o desenvolvimento de habilidades que a criança precisará quando começar a aprender a correr e a pular, a praticar atividades à mesa ou quando iniciar o processo de alfabetização, por exemplo, pode ser prejudicado.

Existe ainda a preocupação de que a posição cause o deslocamento do quadril, especialmente em crianças com histórico de displasia – condição na qual existem imperfeições no encaixe entre o fêmur e o osso do quadril. Além disso, sentar em W deve ser evitado por crianças propensas a sofrer contraturas ou com pouca flexibilidade, já que a posição exerce pressão extra na musculatura, tendões e articulações, e pode levar ao encurtamento muscular na região do quadril e das coxas.

Como prevenir?

O ideal é evitar que sentar em W vire hábito e se torne um comportamento persistente. Portanto, sempre que a criança for sentar, uma alternativa é segurá-la e guiar seus movimentos para que ela adote outra posição. Uma dica é unir seus joelhinhos, pois, assim, o pequeno acabará se sentando de lado, ficará de joelhos ou esticará as pernas diante de si.

É recomendado chamar a atenção da criança delicadamente quando ela sentar em W, pedindo para que “arrume as perninhas”, por exemplo. Outro conselho: os pequenos aprendem observando e copiando os adultos, então, quando brincar com a criança, mostre a ela como se sentar. Pode ser com as pernas esticadas, cruzadas e ligeiramente abertas diante do corpo, e vale até fazer uso de banquinhos ou degraus.

Você enfrentou esse problema com os seus filhos? Chegou a consultar algum especialista? Tem algum conselho para dividir com outras mães? Aproveite para compartilhar a sua experiência e este post também!


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