Todo bebê que nasce no Brasil tem o direito de tomar uma série de vacinas que vão proteger sua saúde a vida toda e ainda reduzir a incidência de enfermidades na sociedade como um todo.
Segundo nosso sistema de saúde são cerca de 12 a 14 vacinas do bebê entre o nascimento e os dois anos. E a temporada de vacinação começa já na maternidade.
Logo após o nascimento, se tudo está correndo bem, o bebê precisa receber uma dose da BCG, que protege da tuberculose, é dada no braço e deixa uma marquinha para a vida toda. Essa marca, inclusive, é a confirmação de que a vacina pegou e vai fazer efeito.
Ainda na maternidade, preenchendo outro quadradinho da carteirinha de vacinas do bebê, é preciso dar a primeira dose da hepatite B. Daí para frente, contando os reforços, serão mais 18 picadas de injeção para deixar o sistema imunológico totalmente prevenido.
Antes que os pais se desesperem e coloquem a mão no bolso, a maioria das vacinas do bebê fazem parte do Programa Nacional de Imunização, o PNI, que é gratuito e está disponível em todos os postos de saúde do Brasil inteiro.
Além dessas vacinas do bebê, eventualmente, o MInistério da Saúde promove campanhas de vacinação extra e é importante levar a criança para se imunizar. Nesses casos, os pais devem falar com o pediatra e saber as melhores recomendações para seu filho.
A faixa etária precisa ser respeitada, as condições de saúde também, mas tem crianças que enfrentam situações especiais - como asma, alergia a ovo, baixa imunidade, etc - que o médico vai levar em conta.
A Sociedades Brasileiras de Imunização (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que coordenam o atendimento de saúde para crianças, recomendam ainda algumas outras vacinas do bebê que não estão disponíveis na rede pública. Ou seja, são encontradas em clínicas de imunização particulares e custam entre R$80 e R$250.
Essas vacinas não são obrigatórias, mas é altamente recomendável aplicá-las no bebê, porque protegem da catapora e de alguns tipos específicos de gripe. Assim, se for possível, complete as vacinas do bebê com as doses oferecidas na rede particular.
Há cerca de três anos, o Brasil vem reduzindo o número de imunizações. A notícia é bem ruim e preocupante, porque quanto menos gente vacinada, mais as doenças circulam livremente. Enfermidades que já estavam banidas, ou quase isso, voltaram a aparecer.
O problema não é apenas que seu bebê tem mais chance de ficar doente, é a ideia de que vacinas são ou ineficazes, ou - pior - perigosas para a saúde, causando mortes e autismo.
A ciência e a medicina não confirmam nenhuma dessas teorias e, ao contrário, garantem que uma população bem imunizada é mais sadia e vive mais. Por isso, não é nem de longe uma boa ideia cogitar não dar as vacinas do bebê. Vamos seguindo que a lista é grande.
Vacinas que o PNI recomenda
Poliomielite inativada – uma grande conquista do Brasil foi a erradicação da paralisia infantil, uma doença que causa graves complicações no desenvolvimento da criança e deformidades que acompanham o infectado pela vida inteira. As campanhas de vacinação contra a pólio ganharam até um mascote, o Zé Gotinha, porque a vacina é dada pingando gotas da vacina na boca do bebê.
O gosto é suave, não dói nada e ela deve estar entre as vacinas do bebê até os dois anos. A campanha é anual e a criança deve ser imunizada até os cinco anos de idade.
Tríplice bacteriana – essa vacina imuniza a criança contra a difteria, o tétano e a coqueluche. São doenças graves, causadas por bactérias e é obrigação dos pais reduzir as chances de infecção. Vale lembrar que quando uma criança está vacinada, não só ela não fica doente, como não vira hospedaria de vírus e bactérias e, assim, ajuda a reduzir a presença desses antígenos entre os humanos.
Heamophilus inluenzae B – entre as vacinas do bebê, essa é a que protege de um dos vírus mais chatos da gripe. Principalmente em locais mais frios, em que a incidência de gripe é maior, é fundamental vacinar os bebês e as crianças contra o Influenza B.
Gripe, ao contrário do que se pensa, não é uma bobagem. É porta aberta para outras enfermidades ainda mais sérias e, dependendo da condição de saúde da pessoa, pode até matar.
Essas quatro vacinas acima apresentam combinações diferentes, como células inteiras, penta acelular e hexa acelular. Não se preocupe com essas denominações, vá seguindo a sugestão do pediatra e completando a carteirinha de vacinas do bebê.
Rotavírus – outra grande conquista no sistema de imunização do Brasil. Rotavírus é uma infecção intestinal violenta causada por vírus, transmitido através da água, das secreções corporais e mãos sujas. É uma conquista porque muitas crianças eram infectadas e acabavam com desidratação.
Diarreia e vômitos frequentes desidratam rapidamente e deixam o bebê e a criança numa situação muito frágil. Depois que a doença se instalou, é preciso agir rápido para impedir a desidratação. A vacina trouxe alívio para essa situação. Menos crianças adoecem e falecem por desidratação no país.
Pneumocócicas conjugadas – protegem de doenças e infecções pulmonares, uma condição perigosa para bebês que estão com a imunidade em formação.
Tríplice viral – bem antiga e conhecida no sistema de saúde, protege contra sarampo, caxumba e rubéola
Varicela – também conhecida como catapora. Esta só está disponível na rede particular e pode ser combinada com a tríplice viral.
Meningocócica B – também disponível apenas nas clínicas particulares imuniza contra meningite do tipo B.
Meningocócica C – imuniza contra meningite tipo C. Disponível na rede pública. Na rede particular, pode ser encontrada a versão Meningocócica ACWY, que imuniza contra outras formas de meningite, incluindo a C.
Hepatite A - é a vacina que protege da hepatite viral, mais comum.
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