Se existe um avanço na ciência e na medicina em relação à saúde dos bebês, é o teste do pezinho. Você já deve ter ouvido falar, sabe que é obrigatório fazer assim que o bebê nasce, mas talvez não consiga dimensionar o real valor do exame.
Uma única gota de sangue, colhida no calcanhar do recém-nascido é a diferença entre uma vida tranquila ou cheia de intercorrências complicadas. A grande função do teste é detectar doenças raras logo nos primeiros dias e, se diagnosticadas, iniciar o tratamento adequado imediatamente.
Bebês tratados precocemente, podem levar uma vida normal. Caso o exame não seja feito logo, as doenças se manifestam e a vida da criança e da família pode ficar bem complicada.
Como o teste do pezinho é feito?
Ainda na maternidade, ou numa Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), sempre do terceiro ao quinto dia de vida do bebê, uma gota de sangue do calcanhar é colhida e enviada para análise.
Bebês prematuros também podem fazer o exame, mas é comum que seja repetido algumas semanas adiante para confirmar o resultado. Se tudo estiver bem, os pais podem pegar o resultado pelo site, ou receber pelo correio. Se algo saiu diferente do esperado, o laboratório chama para nova coleta.
E o que o teste do pezinho busca?
Hoje, o exame procura identificar seis doenças raras:
Fenilcetonúria: causada pela ausência de uma enzima que quebra a fenilalanina e pode levar a deficiência intelectual; Se tratada, não provoca dano algum.
Hipotireodismo congênito: a criança não produz os hormônios da tireoide, que são fundamentais para o desenvolvimento. Se identificada, pode ser tratada sem sequelas.
Deficiência de biotinidase: impede que a vitamina biotina, presente nos alimentos, seja aproveitada pelo organismo, o que interfere no desenvolvimento intelectual da criança; Também tratável.
Fibrose cística: doença crônica que atinge os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo e causa secreções pulmonares e má absorção intestinal; Tem tratamento específico e com muito sucesso.
Anemia falciforme: causada por uma alteração na estrutura da molécula de hemoglobina, compromete o transporte de oxigênio; O tratamento é eficaz.
Hiperplasia adrenal congênita: afeta o funcionamento das glândulas adrenais, altera no desenvolvimento sexual de meninos e meninas e na perda de sal. Também é tratável.
O teste do pezinho é obrigatório e gratuito em todo o país e, desde 2016, outras doenças podem ser investigadas no mesmo exame, mas aí de forma paga. Esse teste mais completo busca outras quatro enfermidades: a deficiência de G6PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita.
Há ainda a versão super, que investiga outras 48 doenças raras com a mesma gotinha do calcanhar do bebê.
O teste do pezinho é feito com uma picada de agulha, então pode sim incomodar um pouco. Mas, justamente por isso, é feito no calcanhar, um lugar pouco manipulado e pouco movimentado.
A dor local passa logo e a picada não deixa marcas. E, frente à importância do teste, isso não pode ser motivo para deixar de fazer, certo?
Fazer o teste do pezinho é tão importante quanto conhecer o valor dele. Se você está grávida, ou tem amigos que estão esperando bebê, compartilhe esse conteúdo nas suas redes sociais.
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