Você sabe o que é reserva ovariana? Provavelmente se está tentando engravidar, e tem mais de 30 anos, já deve ter se deparado com essa expressão! A chamada “reserva de óvulos” é fundamental para uma concepção bem-sucedida, e merece total atenção! Infelizmente, sabemos que a idade biológica nem sempre acompanha o novo ritmo de vida feminino. E por isso, a mulher moderna precisa tomar certos cuidados para garantir uma gravidez saudável.
Com tanto estudo, viagens e compromissos profissionais, adiar a gravidez tem sido uma decisão cada vez mais comum. Inclusive, dados da Estatísticas do Registro Civil, divulgados recentemente pelo IBGE, revelam que dos 2,86 milhões de nascimentos registrados no Brasil em 2017, em 35,1% dos casos a mãe tinha 30 anos ou mais de idade na ocasião do parto. O resultado confirma a tendência de crescimento da proporção de mães nesse grupo de idade. Em 2007, por exemplo, a participação de mulheres nessa faixa etária foi de 25,7% e em 2016, cresceu para 33%.
A Alô Bebê não é a favor de cancelamentos de planos, e sim, de tornar sonhos em realidade! Principalmente se for o da maternidade! E para isso, é crucial conhecer e ficar de olho no seu próprio corpo!
Então, o que é a reserva ovariana?
A mulher nasce com uma determinada quantidade de óvulos em seus ovários: essa é a denominada reserva ovariana. Em recém-nascidas, a reserva possui de 1 a 2 milhões de óvulos. E por mais que esse número parece imenso, ele está apenas destinado a ser reduzido com o passar do tempo.
Para você ter uma ideia, quando a menina completa 12 ou 13 anos, a reversa está com apenas 300 a 500 mil. A cada ciclo menstrual são perdidos, em média, 1000 óvulos, independentemente do uso de pílula anticoncepcional. O processo de perda e consumo de óvulos ocorre por morte celular, e isso não pode ser evitado com medicamentos.
É importante ressaltar que por mais que esse número diminua, a medicina já sabe que, no período compreendido entre a primeira menstruação e os 30 anos, a fertilidade da mulher se mantém estável! É principalmente a partir dos 35 que se inicia uma queda mais brusca.
Recomendação geral
Por mais que existam testes para se medir a fertilidade, eles não devem ser a primeira e muito menos a única resposta para as mulheres! Os especialistas recomendam que até os 35 anos a gravidez venha naturalmente. O casal deve tentar por pelo menos um ano, e só depois, caso não consigam, vale investigar – e aí entram os testes de reserva ovariana. Para as mulheres com mais de 35, as tentativas devem acontecer durante seis meses. Se nesse período a concepção não ocorrer, ai então será preciso buscar a causa.
Quais os exames que medem a reserva ovariana?
Além de carácter investigativo, os testes são realizado para determinar a quantidade de óvulos em ‘estoque’, ou seja, que poderão ser fecundados. Muitas vezes, tem uma função de medir da urgência da gravidez – se as condições são favoráveis para a espera de mais alguns anos.
Ultrassonografia transvaginal – Por meio da imagem, é feita a contagem de folículos com diâmetro de 2 a 10 mm que a mulher apresenta naquele mês. Menos de dez, indicam baixa reserva; mais de 20, é considerada uma excelente reserva de folículos. Deve ser feito nos primeiros dias do ciclo menstrual, idealmente entre o terceiro e o quinto dia do ciclo e é coberto pelos convênios de saúde.
FSH – Um Exame de sangue simples mede o FSH, que é o indutor natural do ovário. Este hormônio determina o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. Sua produção é regulada por hormônios produzidos nos ovários, como o Estradiol e a Inibina B. Quanto maior a presença desses dois hormônios, menores são os níveis de FSH. Com a idade avançada da mulher, a concentração sanguínea de FSH aumenta, pois a quantidade de folículos diminui, e, consequentemente, a produção de estradiol e Inibina B também. A dosagem deste hormônio dá uma ideia da reserva ovariana, mas pode oscilar em mulheres com baixa reserva ovariana. Deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual e também é coberto pelos convênios de saúde.
Hormônio antimülleriano – Trata-se do exame de sangue mais moderno para estimar a reserva ovariana. O AMH é produzido pelas células da granulosa (ovário) dos folículos antrais e pré-antrais (pequenos). Quanto maior o número dos folículos no ovário, maior a reserva ovariana e concentração sanguínea de AMH. Este hormônio, diferente do FSH, não sofre variação expressiva dentro do ciclo menstrual e é um exame mais preciso, ou seja, com melhores chances de acerto. Pode ser feito em qualquer fase do ciclo menstrual e custa entre R$ 400 e R$ 800, não tendo cobertura dos planos de saúde.
IMPORTANTE
Estudos recentes mostram que o resultado dos exames de reserva ovariana não são definitivos! Isso quer dizer que o número reduzido de óvulos não é sinônimo de infertilidade. Uma mulher nessa condição ainda poderá engravidar! Diferente do que a maioria dos médicos pensava, não é um ‘sinal vermelho’ para a gestação, mas um ‘sinal amarelo’. Isso quer dizer que o casal deve continuar tentando naturalmente, com o médico de confiança prescrevendo comprimidos que estimulam a ovulação e o homem e a mulher fazendo sua parte em casa. E caso a reserva esteja praticamente nula ou a família esteja há muito tempo passando por tentativas frustradas, há duas opções: congelar os óvulos para o futuro ou recorrer imediatamente à fertilização in vitro (FIV). Com a fertilização in vitro, muitas etapas da fecundação natural são otimizadas e, com isso, o casal tem a maior chance possível de engravidar em um menor prazo!
Ou seja, o seu bebê vai chegar! Com paciência e amor, seu sonho de ser mãe irá se realizar!
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