Diversas mamães têm de lidar com a incontinência urinária durante a gestação e no período pós-parto. Porém, apesar de comum, não há motivo para as mulheres se acostumarem com essa situação! Existem maneiras práticas de evitar o quadro, assim como saber se você tem predisposição para a doença. Confira!
A incontinência urinária é caracterizada pela incapacidade de armazenar e controlar a saída da urina.
Tipos mais comuns:
Incontinência urinária de esforço: A perda ocorre ao realizar esforços físicos como tossir, espirrar, correr, subir escadas, pular.
Incontinência urinária de urgência: Caracterizado pela vontade súbita e urgente de urinar e a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo.
Incontinência urinária paradoxal: A bexiga perde a capacidade de se esvaziar. A perda ocorre quando a bexiga está muito cheia.
Por que ela surge?
Para combater esses escapes, é preciso entender como o corpo faz a retenção da urina. Nas mulheres, o assoalho pélvico sustenta órgãos como bexiga, intestino e útero, além de manter o controle do líquido. Porém, para desempenhar essa função adequadamente, é necessário que a sua musculatura, inervação e tecidos conectivos estejam íntegros. A menor pressão no assoalho pélvico influencia diretamente o mecanismo de controle. Porém, o corpo da mulher fica em constante transformação durante 9 meses, então era de se esperar que houvessem algumas alterações, tais quais:
Crescimento do útero
O crescimento do útero para acomodar o bebê reorganiza os órgãos da mãe no abdômen, exercendo uma pressão maior sobre a bexiga. Comprimida, ela perde capacidade de armazenamento de urina, fazendo com que a necessidade de ir ao banheiro seja mais frequente.
Peso do bebê
Bebês mais pesados exercem uma pressão maior sobre os músculos do assoalho pélvico da mãe, exigindo mais dessa musculatura. O crescimento relaxa a musculatura do esfíncter urinário, favorecendo a perda involuntária de urina.
Hormônios da gravidez
Os hormônios da gravidez têm efeito relaxante sobre a musculatura da mãe, atingindo o assoalho pélvico e os esfíncteres. Essa frouxidão compromete a capacidade de controle da bexiga.
Pós-parto
O parto normal provoca diversos graus de lesão nos músculos, nervos e tecidos do assoalho pélvico, o que pode resultar em incontinência urinária.
Durante a fase de expulsão do trabalho de parto, por exemplo, a cabeça do bebê força e estica o assoalho pélvico, podendo provocar a ruptura dos músculos, tecidos e nervos.
Prevenção
A Sociedade Internacional de Continência (ICS) recomenda que as gestantes façam acompanhamento com um profissional para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico no pré-natal, a fim de evitar a incontinência urinária na gestação e pós-parto. Os exercícios servem para fortalecer o esfíncter da uretra e reduzir assim as perdas. É preciso realizar contrações musculares voluntárias para compreender o movimento e fortalecer a região.
Tratamento
Além do acompanhamento com um fisioterapeuta, para restabelecer o vigor do assoalho pélvico, há a possibilidade de tomar medicamentos. Uns aumentam o tônus do esfíncter uretral, o que diminui a perda de urina por esforço, como outros apenas relaxam a musculatura da bexiga, aumentando o espaço de armazenamento.
“Será que eu terei incontinência urinária na minha gravidez?” Confira os principais fatores de risco:
Número de partos já realizados;
Peso excessivo do recém-nascido (mais de 4 quilos);
Uso de fórceps;
Período prolongado de trabalho de parto;
Obesidade da gestante.
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