Embora muitos pais não resistiam à tentação de comprar sapatinhos para os pequenos – afinal, além de engraçadinhos, muitos são perfeitas miniaturas dos modelos usados pelos adultos! –, e apesar de esses acessórios terem como função proteger os pés, existem muitas dúvidas sobre o momento ideal para os bebês começarem a usar calçados e quais tipos são os mais indicados. Pois essas são as questões que vamos esclarecer neste post da Alô Bebê!
Engraçadinhos, mas dispensáveis!
Os pés são estruturas supercomplexas, compostas por 26 ossos e 33 articulações – que ficam unidos graças aos ligamentos. No caso dos bebês, como os tendões, músculos, ossinhos e demais tecidos ainda se encontram em desenvolvimento, além de eles terem pezinhos muito mais flexíveis do que os dos adultos, os pequenos ainda contam com plantas mais macias e “gordinhas” do que as nossas.
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Mas isso não significa que os bebês precisem de mais suporte ou proteção extra para os pés! A verdade é que as crianças não necessitam usar sapatos até que elas mostrem sinais de que estão prestes a começar a andar. E, mesmo assim, enquanto estão aprendendo a dar os primeiros passos, também é recomendado que os pequenos façam isso descalço, já que o contato com as superfícies os ajuda a desenvolver sua percepção do ambiente, coordenação de movimentos, postura e maior equilíbrio – e os sapatinhos, em vez de ajudar, podem prejudicar o processo de aprendizado.
Que sapatinhos usar?
Em vez de calçados para proteger os pezinhos, é melhor que os pequenos usem meias, pantufas ou sapatilhas com solas flexíveis e antiderrapantes enquanto ainda estão aprendendo a andar, e que só depois de ganharem mais controle e domínio sobre a locomoção eles migrem para opções intermediárias, um pouco mais resistentes, com solas mais firmes e que ofereçam mais suporte aos pés.
Com relação aos modelos, é recomendado comprar sapatinhos confortáveis, leves, de boa qualidade e fabricados com fibras naturais e materiais que permitam que os pezinhos possam “respirar” – ao mesmo tempo em que ficam bem protegidos de possíveis lesões.
Além disso, para não interferir na locomoção, é importante que os acessórios não fiquem muito grandes – em geral, eles devem ter uma sobra de 1 centímetro além do dedão – nem pequenos, obviamente. E é bom ter em mente que os pequenos crescem muito rápido e, assim como acontece com as roupinhas, eles perdem os sapatinhos muito depressa. Então, não vale a pena investir em muita quantidade, nem em opções muito caras.
É importante destacar que, como os pés dos pequeninos ainda estão em desenvolvimento nos primeiros anos de vida, a maioria tem “pés chatos” quando começam a caminhar, problema que costuma desaparecer com o tempo, conforme a musculatura e demais estruturas vão se fortalecendo. No entanto, se os pais notarem que a criança manca, que seus pezinhos são muito voltados para dentro ou para fora, que ela reclama de dor ao caminhar ou apresenta qualquer outro sinal de anormalidade, é recomendado consultar o pediatra e buscar a ajuda de um ortopedista.
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