Apesar de o termo “virose” ser usado com bastante liberdade – já que muitas vezes é empregado em referência a qualquer febre ou mal-estar sem causa aparente que os pequenos venham a apresentar –, tecnicamente, o nome se refere a qualquer infecção e doença provocada por vírus, que são organismos simples e acelulares que precisam de uma célula viva para poder se reproduzir.
Variedade imensa
Existem centenas desses seres conhecidos que podem infectar o organismo humano, e as viroses são mais comuns em pessoas com sistemas imunológicos mais vulneráveis – como é o caso das gestantes, dos idosos e das crianças – ou em desenvolvimento, como é o caso dos bebês e das crianças pequenas, tanto que as infecções virais somam perto de 90% dos quadros infecciosos infantis registrados.
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Por sorte, hoje em dia, além de existirem vacinas para algumas das doenças mais graves causadas por vírus, como é o caso do sarampo, da poliomielite, da rubéola e da caxumba, os médicos contam com muitos mais recursos para a realização de exames e definição de diagnósticos mais precisos da infecção e, dessa maneira, podem tratar as doenças de forma mais assertiva.
O mais comum é que os pequenos sejam infectados por vírus que normalmente não causam problemas muitos sérios de saúde e que se alojam nas vias respiratórias ou no sistema gastrointestinal, por exemplo, fazendo com que as crianças desenvolvam sintomas que os pais conhecem bastante bem: diarreia, vômito, nariz escorrendo, olhinhos lacrimejantes, tosse, febre e mal-estar.
Como evitar?
Todo mundo é susceptível às viroses, e os bebês, por ainda não terem sistemas imunológicos bem desenvolvidos, podem ser vítimas de 12 viroses anuais, mais ou menos, nos primeiros anos de vida. Existem diversas formas de transmissão, como ingestão de alimentos ou líquidos contaminados, contato com secreções – como vômito, fezes e urina – de indivíduos contagiados e picadas de insetos. Mas, na grande maioria dos casos, as transmissões acontecem através do contato com pessoas doentes.
No caso dos bebês, é importantíssimo as pessoas que convivem com o pequeno mantenham a higiene pessoal e a da criança, sejam cautelosos na hora de alimentar a criança e evitem a aproximação se estiverem doentes. Os locais fechados e as aglomerações devem ser esquivadas, e é vital manter a carteirinha de vacinação religiosamente em dia! Mais medidas são garantir que os brinquedinhos estejam sempre limpos, higienizar as mãos com frequência, incluindo as do bebê, e amamentar a criança, pois o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento da imunidade.
Quando devemos nos preocupar?
Não existem medicamentos para a grande maioria das viroses que afetam os pequenos – lembrando que os antibióticos são recomentados para tratar infecções bacterianas e não virais! – e, tipicamente, os pediatras receitam antitérmicos e outros remedinhos para aliviar os sintomas até que o organismo do bebê consiga combater a infecção.
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As viroses costumam durar de 3 a 7 dias, e os pais devem acompanhar a evolução da criança de perto nesse período, garantindo que ela se alimente bem e tome bastante líquido, uma vez que os pequenos podem ficar desidratados com enorme facilidade, especialmente nos casos de viroses que afetam o sistema gastrointestinal.
Entretanto, se houver piora no quadro, se a febre durar mais de 72 horas e não ceder com medicamentos, ou se o bebê não mostrar melhora no período de 1 semana, o pediatra deve ser contatado, pois pode ser que se trate de algo mais sério. E você, mamãe, teve que lidar com muitas viroses do seu pequeno? Não deixe de compartilhar as suas experiências e dicas conosco nos comentários!