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7 motivos para não gritar com os filhos

7 motivos para não gritar com os filhos
Alô Bebê
mar. 18 - 7 min de leitura
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Você é do tipo que berra com os vizinhos, grita com desconhecidos no supermercado ou com colegas de trabalho por qualquer coisa? Ou, imagine que o seu chefe saísse vociferando de forma autoritária com você o tempo todo, como você se sentiria? Se não nos esgoelamos com os demais a torto e a direito, e não gostamos quando alguém faz isso conosco, por que usamos dessa ferramenta quando os nossos filhos não nos obedecem? Aliás, você sabe quais consequências esse comportamento tem sobre as crianças e como ele pode afetar o seu futuro? Descubra com a gente neste artigo da Alô Bebê!

Ssshhhhh...

Que pai ou mãe não se preocupa com a educação dos filhos? O interessante é que, quando pensamos em como vamos ensinar aos pequenos como sobreviver neste mundo, de modo geral, adotamos uma abordagem superpositiva – a não ser que se trate de seu comportamento, claro. Aí, o mais comum é que as punições, os castigos, os sermões e os gritos entrem em cena, ações negativas e que deveriam ser substituídas por orientações, apoio e encorajamento.

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Mas, falando nos gritos especificamente, apesar de essa prática ser incrivelmente comum entre os pais – na verdade, é difícil encontrar os não usam esse artifício para chamar a atenção dos filhos! –, o ato deveria ser evitado, uma vez que, além de não ser um método eficaz para conseguir que os pequenos nos obedeçam, interfere nos laços afetivos entre pais e filhos e fazem com que as crianças se sintam intimidadas, amedrontadas e menosprezadas.

Gritar faz com que a gente se sinta mal depois, faz com que as crianças se sintam magoadas e, no fundo, não ajudam em nada. Então, por que o fazemos com tanta frequência? Berrar com os filhos se transforma em hábito porque ele consiste em um método que, geralmente, traz resultados rápidos – quando queremos que as crianças nos obedeçam. Contudo, ao lançar mão dessa “ferramenta disciplinar”, o que estamos fazendo é usar o nosso poder (e tamanho) para intimidar os pequenos, muitas vezes por bobagens ou quando nossa autoridade é ameaçada ou nos sentimos desafiados.

Psiu!

Muitos pais dizem que gritam com os filhos porque eles não os ouvem, mas, você já percebeu que, se sussurrarmos as palavras “chocolate”, “presente” ou “videogame”, os problemas de audição desaparecem e eles escutam direitinho? Uma explicação para esse “fenômeno” é que, porque os berros geralmente são usados quando estamos dando ordens, broncas ou quando as crianças se meteram em alguma encrenca, elas acabaram ficando condicionadas a responder apenas quando aumentamos o tom de voz.

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E por que os nossos filhos não nos obedecem de cara e evitam as chateações? Por que se os pequenos estão envolvidos em alguma atividade que é prazerosa ou interessante, parar o que estão fazendo para nos atender – em algo que, para eles, é uma chatice, como guardar os brinquedos ou arrumar o quarto, por exemplo – ou para serem chamados à atenção por não terem obedecido ainda, é claro que nossos filhos não vão nos responder.

Então, eis o momento de fazer um exercício simples: se coloque no lugar dos pequenos e pense se você atenderia imediatamente!

Na realidade, não é que as crianças só ouvem quando gritamos. Elas ouvem, sim – e nós é que as ensinamos a pôr esse “filtro auditivo” em funcionamento. Sendo assim, o que precisamos fazer é encontrar formas de construir pontes e melhorar a nossa comunicação com os nossos filhos, de forma que eles nos obedeçam – afinal, é nosso dever como pais discipliná-los e ensiná-los a serem pessoas autônomas –, mas sem que a gente precise elevar o tom de voz.

Por que você não deve gritar com os seus filhos?

Embora seja uma tática praticamente universal, berrar com os filhos pode gerar profundas consequências psicológicas! Nós da Alô Bebê enumeramos algumas para você conferir:

1 – Gritar para disciplinar os filhos pode interferir em seu desenvolvimento neurológico, afetando áreas responsáveis pelo processamento de sons e linguagem, assim como regiões responsáveis pelas emoções e a memória, prejudicando seu equilíbrio emocional e capacidade de atenção.

2 – As crianças “disciplinadas” por meio de gritos têm maior tendência a apresentar problemas de comportamento, gerando um círculo vicioso em que só obedecem se alguém berrar com elas.

3 – Pesquisas revelaram que gritar pelo menos 25 vezes com os filhos ao longo de apenas 12 meses já é suficiente para causar impactos na autoestima e aumentar a probabilidade de que eles se tornem mais agressivos verbal e fisicamente, apresentem problemas de socialização e desenvolvam depressão.

4 – O impacto de gritar com os filhos é semelhante ao de dar palmadas. Se os berros forem acompanhados de xingamentos e o adulto adotar uma postura especialmente severa – como “dar de dedo” ou bradar muito próximo do rosto da criança –, o efeito é ainda pior.

5 – Crianças que crescem em lares onde o abuso verbal severo é usado como ferramenta disciplinar são mais propensas a se envolverem com bullying e a se tornarem adolescentes violentos e vândalos.

6 – O estresse causado por berrar com os filhos durante a infância está associado ao surgimento de problemas de saúde na idade adulta, entre eles, condições dolorosas e crônicas como problemas de coluna, enxaquecas e artrite.

7 – Levantamentos apontaram que crianças que crescem em ambientes onde o abuso verbal é recorrente têm maior tendência a se tornarem adultos com comportamentos autodestrutivos, com inclinação para o abuso de drogas ou envolvimento em atividades arriscadas.

Como agir?

É inegável que os gritos levam as crianças a pararem o que estão fazendo para nos dar atenção, mas isso ocorre porque desencadeamos nelas o instinto de fuga ou luta – e, como você viu acima, as consequências não são nada positivas. Uma ação mais efetiva seria ir até a criança, segurá-la com firmeza – mas sem agressividade! –, fazer com que ela nos olhe, pedir que ela pare e explicar calmamente o que queremos ou o motivo de o que ela está fazendo não ser certo.

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Negociar regras e pedir com antecedência o que queremos delas e quando as obrigações devem ser realizadas também é eficiente. E se o seu nível de irritação estiver nas alturas, antes de gritar com o filho, dê meia volta, respire fundo, conte até dez, pense no que vai dizer e tente novamente, com tranquilidade. Por último, crie o hábito de chamar o seu filho para outras coisas que não sejam broncas ou tarefas. O relacionamento de vocês só terá a ganhar com isso! Aliás, que tal compartilhar estas informações e dicas com outros pais? E se tiver alguma sugestão, não deixe de dividi-la nos comentários!


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