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Descubra quais são as chances de engravidar de gêmeos

Descubra quais são as chances de engravidar de gêmeos
Alô Bebê
abr. 24 - 7 min de leitura
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Ao mesmo tempo que a ideia de ter gêmeos apavora muitas mulheres, existem aquelas que adorariam ter uma gravidez gemelar. Mas quais são as chances de isso acontecer? Trata-se apenas de uma questão de genética ou existem outros fatores que podem aumentar a probabilidade de gerar mais de um bebê? Existe algo que as mulheres podem fazer para ajudar a natureza?

Gêmeos e mais gêmeos

Se você faz parte do grupo de mulheres que desejam ter gêmeos e andou buscando dados e estatísticas, deve ter se deparado com a informação de que o número de nascimentos de gêmeos explodiu nas últimas décadas. Segundo levantamentos, dos anos 1980 para cá houve um aumento de mais ou menos 75% nas gestações gemelares; no entanto, o incremento se deu em especial entre as ocorrências de gêmeos fraternos, principalmente por conta de mudanças de comportamento entre as mulheres.

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Entre os fatores relacionados com o aumento no número de gêmeos está o fato de que as mulheres têm esperado mais tempo para ter filhos — para terminar os estudos e se estabelecer em suas carreiras profissionais —, o que vem gerando uma maior procura por tratamentos de fertilização e técnicas de reprodução assistida. Ademais, o aumento nos índices de sobrepeso e de obesidade no mundo também é um dos aspectos influenciando a elevação de gestações gemelares.

Em dose dupla

Mas como essas gravidezes se dão, afinal? Existem duas possibilidades: gêmeos idênticos e gêmeos fraternos. No primeiro caso, um único óvulo fertilizado por apenas um espermatozoide acaba se dividindo em dois embriões, que compartilham a mesma placenta e membrana fetal. Os embriões serão monozigóticos e terão o mesmo material genético, o que significa que os bebês serão como se fossem cópias um do outro, terão o mesmo sexo e serão muito parecidos.

Na gestação de gêmeos fraternos, a mulher tem uma ovulação dupla e dois óvulos são fecundados por espermatozóides diferentes. Com isso, os embriões serão dizigóticos, o que significa que os bebês não serão exatamente iguais e terão sua própria carga genética. Além disso, os fetos se desenvolverão em placenta e saco amniótico separados, poderão ter sexo e características físicas diferentes, mas estarão dividindo o mesmo espaço no interior do útero da mãe.

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Na realidade, enquanto as gestações de gêmeos idênticos acontecem por conta de um capricho da natureza, como resultado de um acidente biológico devido a uma pura e completa aleatoriedade, nas gravidezes de gêmeos fraternos as mães geram dois bebês diferentes, um par de irmãozinhos, só que simultaneamente.

Probabilidades

Como as gestações de fetos monozigóticos não ocorrem por conta de interferências externas nem como resultado de fatores específicos, toda mulher tem exatamente as mesmas chances de passar pela experiência de gerar bebês idênticos, independentemente de ter ou não histórico de gêmeos na família. Aliás, estatisticamente falando, a probabilidade de que esse tipo de gravidez ocorra é de 1 em cada 285, sendo que 1 em cada 3 nascimentos é de gêmeos idênticos.

Já no caso das gestações de fetos dizigóticos, como são um pouco mais comuns, podem ocorrer por conta da influência de fatores genéticos e externos, mas o principal deles está relacionado às mulheres estarem esperando mais tempo para engravidar. Isso porque, após os 30 ou 35 anos de idade, normalmente o corpo passa a produzir mais hormônio folículo-estimulante, envolvido no crescimento e na maturação dos folículos ovarianos durante a ovogênese e na liberação dos óvulos a cada ciclo menstrual. Com o aumento dessa substância no organismo, é mais comum que mais de um óvulo seja liberado por ciclo, possibilitando que mais de um deles seja fecundado — ainda que vá se tornando um pouco mais difícil que as mulheres concebam conforme ficam mais maduras.

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O fato de as mulheres estarem esperando mais tempo para ter filhos também é responsável por um aspecto externo que influencia as chances de gerar gêmeos. Como a idade interfere na probabilidade de engravidar, é cada vez maior o número de mulheres que se submetem a tratamentos de fertilidade ou a técnicas de reprodução assistida para conceber. Acontece que os medicamentos utilizados durante as terapias geralmente aumentam o número de óvulos que os ovários produzem, e os hormônios ministrados nos tratamentos podem fazer com que mais de um deles seja liberado por ciclo.

Ademais, no caso das fertilizações in vitro, é prática comum que mais de um óvulo seja fecundado e introduzido no útero da paciente, para aumentar as chances de que pelo menos um embrião seja corretamente implantado e resulte em uma gestação. Então não é raro que mais de um dos óvulos fecundados evolua para uma gravidez de sucesso — tanto que a probabilidade de uma mulher engravidar de gêmeos durante tratamentos de reprodução assistida é entre 30% e 35%, o que significa que mais ou menos 1 em cada 3 gestações resultantes das técnicas de fertilização é múltipla.

Outros fatores

Outro aspecto que interfere nas chances de que ocorra uma gestação gemelar é, obviamente, o de haver gêmeos fraternos na família, especialmente na da mulher. Alguns estudos sugerem que esse fator parece exercer influência na probabilidade de que a mulher também tenha gêmeos idênticos, mas os especialistas ainda não compreendem muito bem exatamente quais mecanismos desencadeiam a divisão de um único óvulo fecundado em mais de um embrião.

Mulheres que já tiveram filhos têm mais chances de engravidar de gêmeos, assim como as que tiveram gêmeos antes. Ademais, a etnia também é um fator que influencia as gestações gemelares, com mulheres afrodescendentes sendo mais propensas a ter gêmeos; já entre as mulheres de outras etnias, os índices são mais baixos.

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Embora existam pesquisas em andamento — e certo debate sobre o assunto —, alguns levantamentos apontaram que mulheres altas são mais propensas a terem gêmeos, assim como mulheres acima do peso, com índice de massa corporal acima de 30. Segundo teorizam os cientistas, como os fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF) costumam ser mais elevados nessas condições e essas substâncias aumentam a sensibilidade do hormônio folículo-estimulante, as chances de que elas liberem mais de um óvulo por ciclo são mais elevadas.

É possível, ainda, que a maior abundância de recursos orgânicos, bem como uma estrutura mais adequada para gerar mais de um bebê ao mesmo tempo, tenham algum papel no aumento da probabilidade de que mulheres maiores tenham filhos gêmeos, mas essas teorias ainda precisam ser mais bem exploradas e comprovadas por meio de pesquisas.

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Você é do time de mulheres que adorariam ter uma gestação gemelar e trazer mais de um bebê ao mundo? Então não deixe de conferir os demais conteúdos sobre gêmeos aqui na comunidade!


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