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Como cuidar do descolamento de placenta durante a gravidez?

Como cuidar do descolamento de placenta durante a gravidez?
Alô Bebê
mai. 3 - 9 min de leitura
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Apesar de se tratar de um problema relativamente raro, o descolamento de placenta certamente está entre as emergências mais temidas pelas gestantes. E não é para menos; afinal, a condição pode acontecer a qualquer momento e sem causa específica. Sem falar que, dependendo do caso, pode oferecer risco de morte para a futura mamãe e seu bebê.

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Sendo assim, nada melhor do que conhecer os fatores de risco, as principais causas, as possíveis consequências e os tratamentos indicados para cada caso, para evitar problemas e saber exatamente o que esperar e o que fazer caso a situação se apresente. Então, siga conosco!

Emergência rara

O descolamento de placenta consiste em uma complicação incomum, como mencionamos, uma vez que atinge apenas cerca de 1% de todas as gestantes. No entanto, o problema pode prejudicar o desenvolvimento do feto e representar grande perigo para a grávida e para o bebê se a mulher não receber cuidados médicos imediatos.

A placenta é um órgão vascular que se desenvolve durante a gravidez, fica aderido à parede interna do útero e conectado ao bebê por meio do cordão umbilical. Essa estrutura é responsável por transmitir nutrientes e oxigênio da mãe para o feto através do sangue, eliminar o dióxido de carbono e os resíduos produzidos pelo bebê e liberar hormônios fundamentais para o desenvolvimento do pequeno. Sendo assim, a placenta é vital.

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O descolamento, como o próprio nome sugere, acontece quando a placenta se solta parcial ou completamente da parede uterina, ocasionando redução ou interrupção do suprimento de oxigênio e nutrientes da mãe para o bebê. Isso, por sua vez, pode resultar em desenvolvimento prejudicado por falta de provisões para o feto ou, nos casos mais severos, em que a placenta se separa totalmente do útero, na morte do bebê se não houver intervenção médica rápida.

Além disso, dependendo do tipo de descolamento e quando ele se dá, a gestante pode se tornar vítima de complicações graves que podem obrigar os médicos a submeter a mulher a uma histerectomia — cirurgia para a remoção do útero — e, em situações mais sérias, a paciente pode inclusive vir a óbito.

Imprevisibilidade e sintomas

Uma das grandes preocupações com relação ao descolamento de placenta é que ele pode acontecer de repente e sem nenhuma causa aparente a partir da 20ª semana de gestação, mais ou menos. Entretanto, é mais comum que o problema ocorra durante o último trimestre da gravidez, em especial nas semanas que antecedem a data prevista para o nascimento do bebê.

Os principais sintomas do descolamento são ocorrência de sangramento vaginal, dor nas costas mais direcionada para a área lombar, sensação de rigidez na região do abdômen e no útero, sofrimento fetal, dor abdominal, contrações bastante frequentes e desconforto uterino. Já sobre o sangramento, é importante mencionar que nem sempre o volume de sangue perdido corresponde à extensão do descolamento de placenta.

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Pode acontecer, por exemplo, de o órgão se desprender completamente da parede uterina e o sangramento não ser muito abundante porque o sangue pode ficar concentrado no próprio útero, então a gravidade da situação pode ser “mascarada”. Também pode não ocorrer sangramento algum e a gestante simplesmente sentir desconforto e apresentar os demais sintomas que listamos acima.

Fatores de risco

Tal como comentamos, o descolamento pode se dar sem nenhuma causa específica, mas o mais normal é que ocorra em decorrência de traumas ou pancadas no abdômen, recebidos durante acidentes de automóvel ou quedas, por exemplo. Entretanto, a perda rápida do líquido amniótico — fluído que acomoda e protege o bebê no útero —, assim como o cordão umbilical mais curto que o normal, a movimentação excessiva do bebê e contrações uterinas antes da data prevista para o nascimento podem dar origem ao descolamento.

Além disso, existem aspectos que podem aumentar as chances de que uma gestante sofra descolamento de placenta, como é o caso de mulheres com mais de 40 anos de idade ou que já apresentaram esse problema em uma gravidez anterior. Outros fatores de risco são hipertensão crônica, hipertensão gestacional e gravidez de gêmeos ou mais bebês.

Ademais, a ocorrência de infecções uterinas na gravidez, bem como a gestante ter passado por alguma cirurgia no útero antes de engravidar e que gerou uma cicatriz no órgão, aumentam as chances de que a placenta se descole. O consumo de determinados medicamentos, o tabagismo e o uso de drogas durante a gravidez também podem desencadear o problema.

Em algumas ocasiões, o descolamento acontece de forma gradual, em uma condição chamada descolamento crônico; nesse caso, geralmente a condição é caracterizada por um sangramento vaginal leve e intermitente. Com isso, dentre as diversas complicações possíveis, a principal consequência consiste em o feto não se desenvolver no ritmo esperado e a gestante apresentar um nível mais baixo de fluído amniótico.

Outras causas do descolamento de placenta são diabetes, problemas de coagulação sanguínea, anomalias uterinas e condições conhecidas como placenta baixa e placenta prévia. O primeiro caso se dá quando o órgão se implanta em uma região bem mais baixa do útero do que o ideal, enquanto no segundo a placenta se prende sobre o colo do útero, cobrindo a parte inferior do órgão, próxima ao canal vaginal.

Possíveis consequências

O resultado do descolamento de placenta depende de ele ser parcial ou total, mas a gestante pode entrar em choque devido à perda de sangue, pode ocorrer a formação de coágulos sanguíneos e a falência de um ou mais órgãos por conta da hemorragia.

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Já para os bebês, o problema pode diminuir o aporte de nutrientes e oxigênio e dessa forma prejudicar seu desenvolvimento, no caso do descolamento parcial. Quando ocorre o descolamento total, o acesso a essas fontes vitais pode ser completamente interrompido, e, se o quadro não for estabilizado, a gestante deve ser submetida a uma cesárea para salvar o pequeno.

Tratamentos e prevenção

Não é possível voltar a prender a placenta, uma vez que ela se descole, e o tratamento depende do local onde a ruptura ocorreu, se ela foi parcial ou total, da idade gestacional e do impacto do descolamento para o bebê e a mãe. Quando a gestação está no início ou o problema acontece antes das 34 semanas, pode ser que a hospitalização seja necessária para que os médicos façam o monitoramento da mãe e do feto.

Se o sangramento parar e as condições forem estáveis, o tratamento geralmente envolve repouso absoluto em casa. Em alguns casos, o obstetra pode receitar medicamentos para ajudar na maturação dos pulmões do bebê, para o caso de ser necessário realizar um parto de emergência.

Quando a gestação está no fim, se o descolamento for mínimo, a mãe e o bebê são monitorados de perto. Porém, se o problema progredir e chegar ao ponto em que pode prejudicar a saúde da gestante e do feto, talvez seja necessária a realização de uma cesárea de emergência. Ademais, se o sangramento for muito grande, a mãe talvez precise de uma transfusão após o parto.

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Não existe uma forma de prevenir que o descolamento de placenta aconteça, mas algumas medidas podem diminuir os fatores de risco, como não praticar automedicação, controlar a pressão sanguínea durante a gestação e sempre usar cinto de segurança. Obviamente, fumar e fazer uso de drogas está completamente fora de cogitação. Se a grávida sofrer traumas na região abdominal ou apresentar qualquer sintoma que sugira que o descolamento pode ter acontecido, ela deve buscar ajuda médica imediatamente.


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