Depois de descobrir que um novo membro da família está a caminho, um momento de grande ansiedade para os pais é descobrir qual é o sexo do bebê. É claro que há acompanhamento médico para saber se será uma menina ou um menino, mas o que determina geneticamente o sexo da criança? Será que o dia da fecundação faz diferença?
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Se você tem essas (e outras) dúvidas, neste texto daremos mais detalhes e contaremos algumas curiosidades sobre essa etapa da gestação e, quem sabe, apaziguaremos a ansiedade tanto das futuras mamães quanto das famílias que buscam ganhar um novo membro.
Curiosidades e estudos da comunidade científica
Uma publicação de cientistas britânicos afirmou que, após a análise de 740 mulheres em sua primeira gravidez, as mães que mantiveram uma alimentação com mais calorias durante algumas semanas antes da fecundação até as primeiras semanas de gestação geraram meninos, e aquelas que optaram por uma alimentação menos calórica tiveram meninas.
O ginecologista e obstetra Landrum Shettles apresentou nos anos 1960 um sistema que ficou conhecido como "Método Shettles" para influenciar as probabilidades de gerar meninos ou meninas. Inclusive, Shettles escreveu o livro "Como escolher o sexo de seu bebê", em que apresenta o método de maneira detalhada.
Há uma linha de estudo que defende que a data da relação sexual também influencia a definição do sexo. E é nisso que se baseia o método Shettles: caso a relação aconteça no dia da ovulação, as chances de o óvulo ser fecundado pelo gameta Y, que é mais rápido que o gameta X, são maiores. Uma técnica popular para os casais que querem tentar ter uma filha é ter relações poucos dias antes da ovulação, já que o gameta X tende a permanecer vivo por mais tempo que o Y.
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No entanto, vale dizer que o assunto é, no mínimo, polêmico. Testes foram realizados para comprovar a eficácia de estratégias que tentam influenciar o sexo da criança. No caso do Método Shettles, estudos posteriores chegaram à conclusão de que a posição não garante uma real mudança e que, de fato, as chances de o bebê ser menino ou menina seguem em aproximadamente 50% para cada um dos lados.
O que é, de fato, determinante
De acordo com a biologia, nas espécies que apresentam sexos separados as fêmeas têm cromossomos XX e os machos, XY. Quando a fecundação do óvulo acontece, 23 dos 46 cromossomos que sustentam a genética humana são doados pelo gameta masculino e podem ser X ou Y, enquanto os outros 23 são doados pelo gameta feminino, que, por ser homólogo, tem apenas o cromossomo X a oferecer. A partir daí, podemos afirmar que quem define o sexo da criança é o pai. Para simplificar a questão, é o espermatozoide que possui o fator determinante para definir o sexo da criança, uma vez que é possível haver tanto espermatozoides carregando o cromossomo X como o Y.
Apesar de existirem diversas práticas tanto culturais quanto científicas e astrais que dizem aumentar ou não as chances de gerar um dos sexos, o processo não foge da lógica genética. No caso, por volta da sétima semana de gestação é que os órgãos começam a se formar. No início, ovários e testículos não apresentam uma diferença muito distinta, tornando improvável seu reconhecimento através do ultrassom. Apenas na nona semana o desenvolvimento está avançado o suficiente para indicar através das imagens qual é o sexo do bebê.
Procedimentos conhecidos
Também não é de se surpreender que, com a tecnologia que temos hoje, já existam procedimentos científicos para definir o sexo da criança. Um deles, realizado em apenas uma clínica nos Estados Unidos, separa o cromossomo X do Y e insemina o óvulo apenas com o sexo pretendido pelos pais. No entanto, essa prática tem um custo altíssimo para ser realizada.
Outro processo conhecido é a centrifugação dos espermatozoides para separar X de Y. Essa técnica considera a proposta de que o cromossomo Y chega à superfície mais rapidamente que o X, que fica embaixo, para então fazer a inseminação. Apesar de não ser tão cara, essa solução também não é totalmente eficaz.
Conhecimentos populares
Existem, ainda, muitas crenças que não são certificadas por estudos científicos, sendo mais baseadas em valores culturais ou vivências de outras pessoas. Há quem busque resposta até nos astros, e, apesar de não haver eficácia comprovada, atitudes como essas, para quem acredita, tendem a acalmar os ânimos dos pais e das mães que estão prestes a aumentar a família — até são recomendadas pelos médicos de forma saudável para evitar o acúmulo de estresse.
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Inclusive, o estresse pode afetar o processo de fertilização. Um estado emocional instável interfere nas chances de sucesso, e isso não é uma crença popular. Principalmente para as mulheres que querem gerar um bebê (ou já estão gestantes), ter uma boa estrutura psicológica em toda a família é fundamental para o bom desenvolvimento do bebê.
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