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Confira tudo o que você precisa saber na hora de escolher uma maternidade

Confira tudo o que você precisa saber na hora de escolher uma maternidade
Alô Bebê
fev. 28 - 20 min de leitura
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Se engana aquele que pensa que a gravidez é um pesríodo de simples contemplação para as grávidas, uma etapa em que as mulheres se dedicam a meramente esperar pela chegada dos filhos e ficarem radiantes e “plenas” (quem nunca ouviu esse papo antes, hein?).

Além de terem que lidar com todos os sintomas da gestação – como enjoos, variações hormonais e de humor, inchaços, controle do peso, cuidados com a alimentação e outras ansiedades –, as grávidas ainda têm que fazer milhões de exames periódicos, pensar (e negociar com os pais) nos nomes que darão ao bebê, se preocupar com o enxoval, preparar o quartinho do filhote, escolher o carrinho mais adequado e o melhor bebê-conforto, comprar um sem fim de mimos e acessórios, decidir se quer organizar ou não o chá de fraldas, pensar nas lembrancinhas que vai distribuir na... Maternidade!

Eis aí um dos pontos que mais geram dúvidas nas futuras mamães: a escolha do local onde ocorrerá a tão esperada chegada do bebê. Contudo, como a variedade de opções – e de valores! – é tão grande, nada mais normal que surjam dúvidas sobre qual maternidade é a mais adequada, o que elas normalmente oferecem por padrão, quais serviços extras podem ser disponibilizados e o que elas são obrigadas por Lei a proporcionar. E como é que a seleção começa? Fique tranquila, pois nós aqui da Alô Bebê vamos abordar esses e outros assuntos neste artigo!

Por onde começar?

Calma, ninguém precisa sair como louca por aí, levantando informações e procurando entre centenas de alternativas! De modo geral, é o obstetra escolhido para acompanhar a gravidez e fazer o parto quem informa à gestante quais são as maternidades nas quais ele atente e, a partir dessa lista preliminar, a futura mamãe pode optar por aquela que mais lhe agrade.

Também é superválido e recomendado pedir sugestões e se informar com outras mães sobre as maternidades que elas utilizaram e indagar sobre como foi a sua experiência. Outro fator que pode ajudar bastante na seleção do local ideal é, no caso que a gestante tenha um plano de saúde com cobertura obstétrica e pretenda fazer uso dele, checar quais são os hospitais vinculados ao convênio.

Uma dica neste caso? É importantíssimo ler e revisar todas as cláusulas do contrato com muita, muita atenção, se certificar de tudo o que está incluído ou não, a abrangência do plano de saúde e considerar os custos extras sobre o que ele não garante para não correr o risco de ter surpresas desagradáveis mais tarde!

Próximos passos

Depois de fazer essa seleção preliminar de maternidades, é muito interessante agendar uma visita aos locais – ou local, caso a escolha já tenha sido definida. Primeiro que a gestante terá a oportunidade de conhecer e estudar o trajeto até o hospital, aproveitar para obter informações sobre quais são os documentos necessários e como funciona o procedimento para a internação, perguntar quais são os horários de visita e descobrir quantos visitantes são permitidos.

Essa também é uma ótima oportunidade para que a gestante verifique quais são as opções de acomodação disponíveis, os pacotes que o lugar oferece e quais são todos os custos envolvidos. E não é só isso, não! Vale se informar sobre o que é esperado que a mãe leve para a maternidade quando for dar à luz, como funciona o sistema de refeições e se as do acompanhante também estão incluídas, se é permitida a entrada de fotógrafo ou cinegrafista na sala de parto (caso exista o desejo de contratar os serviços desses profissionais), se o hospital oferece estacionamento conveniado e se, após o nascimento, o bebê fica no quarto com os pais.

Outra coisa: nunca é demais conferir junto à maternidade quais são os custos cobertos pelo plano de saúde e se pode haver algum valor extra. E já que a gestante está visitando o local, ela pode aproveitar para conhecer a sala de parto e verificar quantos acompanhantes podem estar com ela durante o nascimento do bebê. Isso, aliás, nos leva ao próximo assunto!

Testemunhando esse momento mágico

Por lei, o pai ou acompanhante pode permanecer com a gestante na sala de parto durante o nascimento do bebê, e esse é um direito garantido há vários anos em todo o Brasil. Conhecida como “Lei do Acompanhamento no Parto”, ela entrou em vigor em 2005, e obriga que todas as maternidades, hospitais, clínicas etc. permitam que a grávida conte com a companhia de uma pessoa escolhida por ela para estar presente durante o trabalho de parto, nascimento e pós parto, sendo este último por um período de até 10 dias. Veja o que a lei diz a seguir:

“Capítulo VII do subsistema de acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)

Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.”

E ainda:

“§ 1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente.”

E também:

“Considerando a Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, que altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, resolve:

Art. 1º Regulamentar, em conformidade com o art. 1º da Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a presença de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde - SUS.

§ 1º Para efeito desta Portaria entende-se o pós-parto imediato como o período que abrange 10 dias após o parto, salvo intercorrências, a critério médico.”

Vale ressaltar que o acompanhante não precisa, necessariamente, guardar qualquer grau de parentesco com a gestante, portanto, ela pode escolher estar na presença de outra pessoa que não seja o marido ou pai da criança, e preferir a companhia de uma irmã, de uma amiga, da mãe ou de uma doula, por exemplo. Além disso, o direito é garantido tanto nos casos de parto normal como de cesárea, e é importante que seja respeitado, uma vez que existem inúmeros estudos comprovando os benefícios da presença de alguém em que a gestante confie antes, durante e após o nascimento do bebê.

De qualquer forma, boa parte das maternidades tem como política restringir o número de acompanhantes a apenas uma pessoa, cuidado que se faz necessário para evitar a grande circulação de pessoas pelo centro obstétrico e cirúrgico, por conta do risco de contaminação, desatenção com instrumentos etc., já que é imprescindível que esses locais sejam mantidos de forma imaculada.

Já que mencionamos as doulas...

As doulas, como você já deve saber, são as profissionais que dão apoio emocional e físico às gestantes durante o trabalho de parto, e vêm ganhando cada vez mais espaço nas maternidades de todo o país. No entanto, antes de contratar os serviços de uma delas, é importante verificar com a maternidade qual é a sua posição com relação à participação das doulas no processo de nascimento – seja como acompanhante ou como uma pessoa além da escolhida pela grávida para estar presente na hora do parto, caso a maternidade permita mais alguém na sala.

Isso porque, além de algumas maternidades deixarem a cargo da equipe médica a decisão de liberar ou restringir a presença das doulas – e vários obstetras simplesmente proíbem que elas estejam presentes –, existem também as que exigem que essas profissionais apresentem determinadas certificações e inclusive diploma universitário, geralmente em fisioterapia ou enfermagem. Então, antes de criar expectativas e contratar uma doula, é imprescindível se informar antes no hospital.

Geralmente, o interesse de poder contar com os serviços de uma doula surge a partir da vontade da gestante de ter uma experiência mais humanizada na maternidade. Assim, para as grávidas que desejem ter parto normal, é interessante prestar atenção nas estruturas disponíveis nas salas de pré-parto. Isso porque, esses locais costumam ser mais amplos e disporem de banheira nos banheiros, além de serem mais aconchegantes. Então, um bom indicativo de que a maternidade é adepta aos partos humanizados é observar se é permitido que a mãe de à luz fora da maca, e tenha seu bebê na água, com a ajuda do banquinho e se ela poderá ter seu filho nos braços assim que ele vier ao mundo.

Outro detalhe!

Uma prática adotada pelas maternidades de hoje em dia é a de ofertar cursinhos que dão aos pais ou responsáveis pela criança noções de cuidados básicos que se deve ter com o recém-nascido. Nesses cursos, que começam ainda na gravidez, costumam ocorrer bate papos sobre os cuidados que devem ser tomados durante a gestação, conversas com pediatras e palestras para o esclarecimento de dúvidas sobre os diferentes tipos de parto e de anestesias.

As informações também costumam abranger assuntos como quais precauções devem ser tomadas após a chegada do bebê, dicas sobre o aleitamento materno, e o pessoal da maternidade inclusive dá dicas de como dar banhos e lidar com outras questões do dia a dia do pequeno.

Outra prática bastante comum nas maternidades é a de manter um time de enfermeiras especializadas em amamentação, que são habilitadas a dar às novas mamães todas as orientações necessárias de como agir na hora de dar de mamar aos seus bebês e auxiliá-las nesse primeiro momento com possíveis dificuldades que possam surgir, como problemas na pega ou pouca oferta de leite.

Algumas maternidades e planos de saúde inclusive dispõem de serviços que visam dar acompanhamento às mães depois que elas vão para suas casas, já que é bastante comum que as “marinheiras de primeira viagem” tenham muitas dúvidas com relação à amamentação e se sintam frustradas com as dificuldades.

O que mais esperar das maternidades e o que elas têm para oferecer?

Depois de todo o estresse da chegada à maternidade, do trabalho de parto e de todas as emoções do nascimento do bebê, é normal que a mãe se sinta exausta. Por isso, é importante que ela possa dispor de conforto no pós-parto para poder relaxar um pouco e descansar. Mas, esteja a mãe hospedada em quarto ou enfermaria, é importante que esses locais disponham de pia com torneira e álcool para a higienização tanto do pessoal do hospital, como de visitantes.

Com relação às acomodações privativas, a variedade de opções é enorme e, normalmente, além da pia que comentamos acima, que costuma ficar logo no corredor de entrada, os quartos contam com frigobar, ar-condicionado e uma poltrona para que o acompanhante possa ter um pouco mais de conforto. A presença de uma janela ampla é bem-vinda, já que ela permite a circulação de ar e a entrada de luz natural e, falando em luz, se a acomodação dispor de diferentes focos e luminárias, considere isso um ponto positivo.

E, apesar de as maternidades não serem hotéis, muitas oferecem outras facilidades, como cofre no quarto, secador de cabelo, sofá confortável, mesa e área destinada às visitas – e inclusive existem as que permitem que os pais contratem serviços de buffet, decoração e instalem cafeteiras e outros luxos na suíte. Todos esses mimos têm um custo, evidentemente, e a sua contratação ou não depende da disponibilidade de orçamento de cada família. Mas, sim, tudo isso pode sair bem caro!

Questões de segurança

Talvez a segurança seja um pormenor que nem sempre passe pela cabeça das futuras mamães na hora de escolher a maternidade, mas é importante se informar como o local lida com o fluxo de pacientes e visitantes. Tradicionalmente, além de empregarem um time de vigias treinados para garantir a proteção do hospital – se posicionando em locais estratégicos, como entradas, elevadores, corredores e pontos de acesso a departamentos específicos –, as maternidades normalmente fazem o controle de entrada e saída de pessoas por meio de identificação nas recepções, onde ocorre a apresentação de documentos e distribuição de etiquetas que trazem informações básicas de quem está circulando pela instituição.

Também é comum que as maternidades instalem pontos de checagem extras para o acesso às áreas mais sensíveis, como é o caso do berçário, por exemplo. No entanto, hoje em dia, existem hospitais que, além de tomarem essas medidas todas que citamos, oferecem opções supermodernas e tecnológicas para garantir que a mãe e o bebê se sintam – e fiquem – bem protegidos.

Há, por exemplo, maternidades que dispõem de sistemas de monitoramento por câmera, para que os pais possam acompanhar através de monitores instalados nos quartos todos os movimentos do bebê sempre que ele seja levado para algum exame ou consulta pelo pessoal do hospital. Além do mais, existem maternidades que contam com pulseirinhas equipadas com sensores que não só identificam a criança, como ainda fazem o seu rastreamento por onde quer que ela passe no interior do edifício e permanece ativa até que o bebê seja liberado para ir para casa.

Evidentemente, vai de cada família decidir qual é o grau de segurança mais apropriado para o seu caso. O parto vai acontecer em uma cidade grande e sabidamente perigosa? A maternidade fica localizada próxima ou no caminho de alguma região crítica? Qual é a situação dos pais? E o custo de ter à disposição toda essa gama de alternativas? A partir desses questionamentos, os pais podem decidir se realmente existe a necessidade de investir no cuidado extra ou não.

Como fica a questão do banho e como lidar com o vernix?

Segundo a opinião de diversas sociedades científicas, a orientação é a de que o primeiro banho do bebê seja prorrogado. Desde que não exista nenhuma contraindicação para tal, os banhos estão ficando para mais tarde, pois vários estudos apontaram que o vernix caseoso – um material gorduroso composto por uma mistura de secreções liberadas pelas glândulas sebáceas fetais e células epidérmicas – que recobre o corpinho do bebê é uma excelente proteção para a sua pele delicada, e em vários sentidos, aliás! Tanto que, para se ter ideia, nenhuma empresa cosmética conseguiu até hoje obter os mesmos poderes que o vernix oferece.

O banho tardio está relacionado ao maior tempo de contato dessa camada gordurosa com a pele do bebê, e pode diminuir os riscos de infecções cutâneas, evitar a hipotermia e o surgimento de possíveis alergias.

Então, assim que o bebê nasce, independentemente de que tenha sido por meio de cesárea ou do parto normal, é a enfermeira quem se encarrega de higienizar o seu corpinho – e esse primeiro “banho” consiste em... bem, um banho de gato mesmo, focado em apenas remover o excesso de material do parto, como parte da placenta ou sangue, especialmente da cabecinha do pequeno. O banho de verdade mesmo é a mãe ou outra pessoa da família quem dará, e só depois de o bebê passar por um período de adaptação ao ambiente externo.

Agora, que tal algumas dicas sobre as visitas?

A chegada de um bebê é sempre motivo de celebração para a família – mas isso não quer dizer que o horário de visitas deva ser uma festa! O mais normal é que as visitas se restrinjam aos familiares mais próximos, como irmãos, tios e avós, assim como aos amigos mais íntimos, e o ideal é que elas não sejam muito longas, para não atrapalhar a rotina com o recém-nascido. Sendo assim, uma passadinha rápida, de quinze ou vinte minutos no máximo, estão de bom tamanho.

Obviamente, pessoas que estejam resfriadas, gripadas ou que desconfiem que podem estar com qualquer problema de saúde devem evitar as visitas para que não haja riscos de transmitir doenças à mãe e principalmente ao bebê. E nem precisamos dizer que não é recomendado “aparecer” de surpresa, fazer visitas à noite ou correr para a maternidade no mesmo dia do nascimento, não é mesmo?

Também vale lembrar que, embora algumas famílias prefiram que as visitas ocorram neste primeiro momento na maternidade mesmo e não em suas casas, existem aquelas que são mais discretas, que prezam pela tranquilidade e priorizam o resguardo da mãe e do recém-nascido, e é preciso respeitar suas escolhas. Então, antes de fazer a visita, entre em contato com a família e, delicadamente, cheque a disponibilidade dos pais.

Em caso de sinal verde, muitas pessoas aproveitam a oportunidade das visitas para levar presentes à maternidade, e muitas famílias retribuem o mimo oferecendo lembrancinhas – as opções são infinitas! – e agrados como quitutes e café. No entanto, é sempre bom conferir com a maternidade o que é permitido e o que deve ser evitado. Outra coisa a ter em mente é que as tradicionais flores normalmente não são permitidas no interior dos quartos ou enfermaria para evitar o risco de contaminação e alergias, então, fica a dica para evitá-las.

Concluindo

A verdade é que, normalmente, a escolha resulta de um conjunto de fatores, e depende de quais são as prioridades de cada mulher. Afinal, assim como algumas dão mais importância à localização da maternidade, outras fazem questão de que o hospital disponha de uma hotelaria de qualidade.

Mas algo que todas as gestantes deveriam ter em mente também é se certificar de que a maternidade conta com uma equipe capacitada e preparada para atender qualquer emergência e, ademais, se possui uma UTI pediátrica, materna, um banco de sangue e de leite materno, e laboratórios de análises clínicas à disposição para o caso de que aconteça alguma eventualidade.

E mais: independentemente da escolha da maternidade, uma mãe jamais será mais ou menos “mãe” pelo tipo de parto que ela fizer. E a melhor via de nascimento é aquela que prioriza o bem-estar materno e fetal, e se respeita a vontade e a individualidade da paciente, sem comprometer a saúde de ninguém.

***

E você mamãe – experiente ou de primeira viagem – o que opina? Você vem encontrando dificuldades ou teve muitas dúvidas na hora de selecionar a maternidade? Ouviu algum conselho de ouro ou tem alguma experiência marcante para dividir com outras mães? Então, conte para a gente e compartilhe este post com todas as mulheres maravilhosas que você conhece e que possam se interessar pelas dicas do artigo!


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