Estar atenta a todos os sinais do corpo é uma constante na vida da gestante. No entanto, muitas grávidas acabam fechando os olhos para doenças que podem ser facilmente identificadas e tratadas apenas por medo de usar qualquer tipo de medicação e interferir na saúde do bebê. Por isso, nesse post, vamos falar tudo o que você precisa saber sobre a rinite gestacional, uma doença respiratória comum e simples, mas que pode ser perigosa por ajudar a desencadear doenças mais graves. Confira o que é rinite gestacional, seus principais sintomas, como evitar e, principalmente, como realizar o tratamento sem interferir na gravidez e na saúde do bebê.
O que é rinite gestacional?
A rinite gestacional apresenta as mesmas características da rinite convencional, porém é diferente pelo fato de que os sintomas começam a se desenvolver apenas durante a gravidez. Normalmente, isso acontece nos últimos meses da gestação, em decorrência do aumento de estrogênio e progesterona no corpo da mulher, e acaba por volta de duas semanas após o parto.
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Então, a rinite gestacional é a inflamação da mucosa nasal, causada por conta de vírus ou pela exposição a alérgenos que desencadeiam a inflamação. Assim como a rinite convencional, a doença pode apresentar duas fases: a primeira chamada “imediata” ocorre minutos após o estímulo antigênico; e a segunda, chamada fase tardia, acontece mais ou menos oito horas após estímulo.
Para as mulheres que já apresentavam sintomas de rinite antes da gestação, é muito comum que o quadro piore durante a gravidez. Por isso é necessário conhecer bem quais são os sintomas da doença e procurar o tratamento mais adequado. Vamos conferir:
Quais os sintomas de rinite gestacional?
Os sintomas mais comuns da rinite gestacional são falta de ar, corrimento nasal (coriza), obstrução nasal, coceira, espirros e, até mesmo, incômodo nos olhos, como coceira, aumento de vermelhidão e bastantante lacrimejamento.
Embora os sintomas da rinite gestacional não pareçam perigosos, é necessário procurar formas de prevenir a doença porque ela pode se agravar e aumentar o risco de doenças mais graves como a asma, a otite e a faringite.
Como a gestante pode prevenir a rinite?
A rinite gestacional, assim como a convencional, pode ser causada ou agravada pela exposição a alérgenos ambientais, como ácaros da poeira domiciliar, baratas, fungos, urina e saliva de animais e principalmente, a fumaça de cigarro.
Por isso, para prevenir a doença, a gestante deve evitar contato com qualquer um desses elementos. E se, mesmo assim, os sintomas da rinite gestacional aparecerem, é hora de procurar um tratamento.
Como as grávidas podem tratar a rinite?
A primeira opção para tratar a rinite gestacional é utilizar solução salina própria para grávidas para realizar lavagens nasais. Isso pode aliviar a irritação tecidual, remover secreções, e umedecer a parede mucosa, proporcionando assim, alívio da obstrução nasal e de coceiras. Nas farmácias, existem soluções fisiológicas isotônicas ou hipertônicas disponíveis para gestantes.
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Porém, se os sintomas não melhorarem com esse tipo de solução, é necessário procurar auxílio médico para selecionar remédios que não afetem a gestação e nem o bebê. Segundo a Food And Drug Administration (FDA/USA), reconhecida universalmente, existem cinco categorias de segurança para medicamentos serem ingeridos durante a gestação, mas somente um médico pode avaliar a relação de risco/ benefício que qualquer remédio pode oferecer durante a gravidez.
O que a gestante não deve fazer?
A gestante, em hipótese alguma, pode se automedicar ou utilizar aqueles descongestionantes comuns que contém sódio, pois eles podem prejudicar a circulação sanguínea para o bebê. Então, se os sintomas da rinite estão se agravando e causando muito desconforto para a gestante, é necessário buscar tratamento.
De acordo com a Dra. Maria de Fátima Emerson, coordenadora do Departamento de Assuntos Comunitários da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), em entrevista para o site Maternidade Simples não há motivos para evitar tratamento de doenças durante a gravidez, desde que haja acompanhamento especializado: “não tenham medo de tratar, mas sempre com acompanhamento de um médico especialista. Não usem medicamentos por conta própria ou repitam receitas antigas. As consultas periódicas com o obstetra e com o alergista são a garantia para monitorizar e controlar a doença, garantindo condições saudáveis para desenvolvimento e o nascimento da criança.”
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Então, sempre que a gestante estiver sentindo um desconforto fora do normal, é necessário buscar um médico de confiança para realizar diagnósticos e tratamentos.