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Como preparar o bebê para o berçário

Como preparar o bebê para o berçário
Alô Bebê
abr. 22 - 20 min de leitura
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Eis que a sua licença maternidade está chegando ao final e o momento que você tanto temia está prestes a acontecer. Não, não estamos falando da volta ao trabalho propriamente dita, mas sim de ter de se separar do seu pequeno e ter de deixá-lo em um berçário. Pois nós aqui da Alô Bebê reunimos uma porção de informações neste artigo para ajudá-la a escolher o local mais adequado para você deixar o seu filhote e também de como fazer a adaptação do pequeno para que o primeiro dia longe de você seja o mais tranquilo possível.

Chegou a hora

Esse momento de separação é um marco superimportante na vida do bebê! No entanto, apesar de os pais saberem que a criança vai se desenvolver absurdamente, aprender novas habilidades, se adaptar a novas rotinas e se divertir horrores ao ter contato com outras crianças e ser exposta aos mais variados estímulos, ver o pequeno se aventurando pelo mundo sem você pode ser uma experiência bastante traumática.

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É natural que os pais tenham sentimento de culpa e muitas dúvidas, assim como é natural que a escolha do berçário ideal seja difícil e estressante. Afinal, esta será a primeira vez que você enviará o seu bebê, a pessoinha que é o seu bem mais precioso, para um lugar estranho – e para ficar na companhia e aos cuidados de pessoas que você não conhece. E são tantos os detalhes que precisam ser considerados... Mas, calma! Basta saber o que procurar, ter claro o que você precisa, alinhar as suas expectativas e se preparar direitinho para o (não) tão esperado momento.

Anjos da guarda e soninho

Começando pelas cuidadoras, essas pessoas maravilhosas – e capazes de operar verdadeiros milagres com as crianças no dia a dia! – são as que passarão mais tempo com o seu bebê, portanto, na hora de selecionar o berçário ideal para o seu pequeno, é importante se informar de quantas crianças ficam aos cuidados de cada pessoa. É claro que para poder dar igual atenção e atender a todas as necessidades das crianças, é preciso que o número de bebês seja limitado, e o mais desejável é que a proporção seja de 4 pequenos para cada cuidadora. E se o número de crianças sob a responsabilidade de uma mesma berçarista for menor, melhor ainda!

Além disso, é interessante que os grupos de crianças que ficam em um mesmo espaço não sejam muito numerosos, para que não haja atropelo de atividades, se tenha um melhor controle dos pequenos e as cuidadoras possam ficar de olho em todos os bebês. Sendo assim, é preferível que os locais onde se encontram os berços acomodem entre 15 e 16 deles, e que exista espaço suficiente entre um e outro para a circulação segura das berçaristas – o espaçamento mínimo, aliás, deve ser de meio metro.

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E já que entramos no assunto dos berços, é importante verificar se a estrutura dos locais dedicados ao soninho e sonecas dos pequenos é adequada. Esses espaços devem ser bem arejados e oferecer a possibilidade de se controlar a iluminação – por meio de cortinas e blackouts, por exemplo – para que os bebês tenham mais conforto na hora de descansar. Os pais também devem checar com o berçário qual é a política utilizada para o sono.

Isso porque os pequenos precisam de rotina e, quando são encaminhados ao berçário, normalmente seguem o padrão “troca de fralda, mamar, soninho” que se repete a cada 3 horas, mais ou menos, e se o local permitir que as crianças durmam o quanto quiserem, pode ser que essa nova rotina interfira no padrão e até no sono noturno, e o bebê passe a não dormir muito bem. O ideal, então, é que os pequenos tirem várias sonecas ao longo do dia, em intervalos controlados. Outra coisa que deve ser verificada é a frequência com a qual mantinhas, cobertores e jogos de lençol são trocados e lavados, e o que é de responsabilidade dos pais e o que é feito no berçário.

Hora de papar

Os pais devem checar se o berçário possui uma estrutura específica para a higienização, esterilização e preparação de mamadeiras, assim como para o seu adequado armazenamento. Além disso, as mamadeiras devem ser de uso exclusivo de cada criança e é importante verificar como cada uma delas é identificada e guardada. Também é recomendado que o berçário ofereça um espaço para que as mães que podem fugir do trabalho para amamentar os filhos possam fazer isso com um mínimo de segurança e conforto, então, é legal que exista uma sala equipada com poltronas de amamentação para esse fim.

Ainda sobre a alimentação dos pequenos, os pais devem informar ao pessoal do berçário sobre os padrões e hábitos alimentares do bebê, e é importante que o comportamento do pequeno seja respeitado, já que cada um tem o seu tempo para se alimentar. Além disso, ademais de mamadeira própria, cada criança deve ter o seu próprio pratinho, talheres, copo e utensílios, “kit” este que deve ser mantido devidamente etiquetado e separado por questões de higiene e para evitar a transmissão de possíveis doenças entre a criançada.

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Com relação ao cardápio oferecido pelo berçário, é bom que os pais verifiquem se o local inclui entre as ofertas alimentos industrializados, ricos em açúcares, sódio e gordura, já que essas são opções pouco saudáveis. O ideal é que as crianças recebam uma alimentação equilibrada e nutritiva, baseada principalmente em frutas, legumes, verduras e carninhas, e que se assemelhe com a que elas recebem em suas casas.

Além do berço

É fundamental que os berçários contem como espaços para que as crianças possam interagir umas com as outras e possam brincar em segurança. Preferencialmente, esses locais devem contar com um espaço coberto, para os dias mais frios ou chuvosos, e outro ao ar livre, para que os pequenos possam tomar um solzinho – desde que nos horários adequados, por curtos períodos de tempo e sob supervisão! – para favorecer o contato com o exterior e a produção de vitamina D, tão importante para o fortalecimento do sistema imunológico das crianças e para o bom funcionamento de outras funções orgânicas.

Esses espaços externos, no entanto, devem ser mantidos sempre bem cuidados, limpos e protegidos, e se o berçário contar com jardim e taque de areia, por exemplo, é vital que a grama seja aparada com frequência, as plantas podadas e a areia coberta quando estiver fora de uso para evitar a contaminação pelas fezes de animais.

Ainda sobre as atividades que o berçário oferece, os pais devem indagar sobre quais são elas e se elas oferecerão os estímulos adequados para que os pequenos não só desenvolvam novas habilidades pessoais, mas sociais também, através da interação com as demais crianças. É interessante, por exemplo, que a equipe incentive brincadeiras em grupo para motivar as crianças a criar laços de amizade, organize sessões de música, onde, além de expor os pequenos aos mais variados estilos, permitam que eles manipulem instrumentos musicais, ainda que sejam de brinquedo.

Atividades envolvendo mostras de arte e a exploração de cores, texturas e materiais, também são bem-vindas, bem como a realização de sessões de cineminha e reunir os pequenos para contar histórias. Nesse sentido, é interessante que o berçário ofereça uma pequena biblioteca bem diversificada, composta tanto por obras infantis mais tradicionais, como por mais modernas, para servir de acervo para as sessões de leitura, mas que inclua livros ideais para idade dos pequenos que frequentam local – cheios de desenhos e ilustrações –, organizados em estantes que tenham uma altura adequada para o acesso das crianças.

Também é bacana que os espaços ofereçam pequenos obstáculos – como rampas, brinquedos e almofadas – que não ofereçam risco de queda ou de acidentes para que as crianças possam testar novos limites enquanto elas aprendem a rolar e a engatinhar pelo ambiente. Já com relação aos brinquedinhos, eles devem ser bem coloridos e ter tamanhos, texturas, formatos e usos diferentes, para estimular a criança.

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Assim, é interessante que o berçário disponibilize uma brinquedoteca com itens que possam ser encaixados, blocos para ser empilhados, carrinhos e bonecos que podem ser puxados ou empurrados, e inclusive espelhos para que as crianças possam ver seus reflexos. Enfim, todo e qualquer brinquedo ou atividade educativa que tenha como foco a estimulação sensorial e motora para o desenvolvimento dos pequenos.

Atenção aos detalhes

Além de prestar atenção ao que o berçário tem a oferecer em questão de atividades educativas, espaços para o bebê brincar e descansar e para as visitas das mães, existem outros aspectos que devem estar no radar dos pais. Além de o local onde os berços ficam acomodados preferencialmente ser bem arejado e limpo, as demais dependências devem seguir a mesma linha.

É interessante que o edifício receba bastante luz natural e seu interior seja claro e bem ventilado, para minimizar a possibilidade de que a estrutura se torne foco de umidade e mofo. Os pais devem observar também se as janelas possuem grade ou telas de proteção para evitar possíveis quedas, e indagar se os vidros são antiestilhaçamento, para que nenhuma criança se fira em caso de que ocorra algum acidente. Com relação às escadas e degraus que possam haver pelo berçário, é importante que existam formas de restringir o acesso aos pequenos – afinal eles são superaventureiros! –, e é bom observar os materiais usados no acabamento.

O piso, além de ser de fácil limpeza, deve ser adequado ao clima da localidade onde o berçário se encontra. Carpetes ou tapetes não são desejáveis, pois, além de não serem tão facilmente higienizados, acumulam mais poeira, podem propiciar a proliferação de ácaros e microrganismos e ocasionar alergias e irritações aos pequenos. Já nos espaços dedicados às brincadeiras e outras atividades, os materiais devem ser antiderrapantes e que possam amortecer possíveis quedas.

Dê uma boa olhada em tomadas e interruptores. Eles contam com protetores para prevenir que as crianças introduzam seus dedinhos e tomem um choque? E os móveis, foram equipados com proteções nas quinas e cantos para o caso de pancadas? Banheiros, pias e cubas são adaptados para o uso das crianças? Portas de armários e gabinetes, gavetas e tampas de vasos sanitários, eles contam com travas de segurança? E as portas de acesso de um ambiente a outro, possuem proteção para não fechar de repente e potencialmente pegar algum dedo ou mãozinha acidentalmente?

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E mais: medicamentos, equipamentos, produtos de limpeza e de higiene, instalações elétricas ou quaisquer itens que não sejam destinados às crianças devem estar devidamente guardados e ser mantidos fora do alcance dos pequenos. Sempre!

Durante a visita

Quando os pais forem visitar o berçário, é importante observar se os brinquedinhos são adequados para as idades das crianças que frequentam o local, se eles se encontram em bom estado, se são higienizados com bastante regularidade e não são velhos ou estão quebrados. E já que mencionamos a higiene, os pais devem ficar de olho no comportamento dos funcionários e tentar verificar se a equipe lava as mãos após a troca de fraldas, antes de manipular alimentos e utensílios usados para dar de comer aos pequenos e se as crianças são motivadas a lavar as mãozinhas depois de brincar, especialmente se mexerem com terra, areia ou outros materiais, e antes de lanchar.

Ainda sobre a equipe do berçário, os pais devem observar como é a sua conduta com as crianças, obviamente, mas também como é a dinâmica entre os funcionários e como é o comportamento com os pais. É uma boa ideia aproveitar a oportunidade para bater um papo com a coordenadora pedagógica do local e indagar sobre os valores éticos e morais seguidos pelo berçário, quais são os métodos empregados, checar qual é a rotina adotada pelas cuidadoras e perguntar se existe uma agenda pré-estabelecida de atividades.

Outra questão muito importante que deve ser verificada com o berçário é sobre como funciona sua política com relação à vacinação. As carteirinhas de todas as crianças são exigidas e conferidas para garantir que as imunizações são mantidas em dia? E a equipe, incentiva e promove campanhas de vacinação? Ainda neste tema, os pais devem checar com o berçário qual é a sua postura com relação às crianças que ficam doentinhas e questionar em quais casos os pequenos ficam impedidos de ir. Esses questionamentos todos são importantes para garantir que doenças infectocontagiosas não sejam transmitidas e que o ambiente permaneça saudável.

Além disso, em caso de que algum acidente ou imprevisto ocorra, é necessário saber qual é a política do berçário e como eles estão preparados para entrar em ação se a criança ficar doentinha ou se machucar de alguma forma. Aliás, se o local dispor de uma equipe composta por um pediatra, um nutricionista e um enfermeiro, considere esse um bônus importante.

E aqui vai um conselho: apareça de surpresa quando for fazer a primeira visita e fique com a pulga atrás da orelha, sim, se o pessoal do berçário pedir para que o horário seja remarcado. Também é bacana ir ao local em mais de uma ocasião, de preferência em horários diferentes, para verificar se a organização, limpeza, o comportamento dos funcionários e a rotina é a sempre a mesma.

Mais dicas!

Confira se, no caso de que o berçário atenda crianças de diferentes faixas etárias, se as cuidadoras separam os pequenos por idade para as atividades, já que os maiorzinhos podem acabar ferindo os menores.

Indague se o berçário oferece ou tem o hábito de compartilhar com os pais algum tipo de agenda ou diário que informe quantas vezes a criança mamou, se dormiu e se se alimentou direitinho, fez xixi ou cocô, quantas trocas de fraldas foram feitas e se aconteceu algum imprevisto durante o dia.

Verifique com o berçário qual é a formação da equipe e se eles investem no aperfeiçoamento e reciclagem dos colaboradores.

Pergunte se o local conta com um pedagogo e nutricionista.

Cheque se o berçário conta com equipe de segurança, porteiro e uma pessoa dedicada a controlar quem leva e recolhe os pequenos.

Questione se o berçário conta com um time próprio de cozinheiros, limpeza e de manutenção ou se contrata serviços de terceiros.

Comprove que o berçário está em dia com relação às licenças adequadas de funcionamento e para o cuidado de crianças.

Alguns berçários oferecem a possibilidade de que os pais possam acompanhar o dia a dia dos filhos através de câmeras que transmitem imagens em tempo real. Se esse é um aspecto fundamental para você, pergunte antes de matricular o seu pequeno.

E mais:

Um fator que deve ser levado em consideração na hora de escolher o berçário é a sua localização – e os pais devem avaliar se ele se encontra próximo de casa ou do trabalho do pai ou da mãe e, ainda, perto de algum parente ou amigo de confiança para o caso de alguma eventualidade.

Também é sempre válido fazer pesquisas para tentar descobrir mais sobre o histórico da instituição e conversar com outras mães que tenham seus filhos em berçários para pegar indicações. Essas dicas são sempre incrivelmente valiosas! E vale lembrar que por mais que o berçário tenha todas as qualidades do mundo, ele jamais será perfeito e nunca vai oferecer o mesmo cuidado ao seu bebê que você.

Como preparar o bebê para o berçário?

Depois de enfrentar o estresse de escolher o berçário ideal, é hora de preparar o pequeno para ingressar nessa nova etapa de sua vida. Não é fácil prever como uma criança vai se comportar a primeira vez que ela tiver que se separar dos pais e, enquanto algumas se adaptam superbem e encaram a nova rotina sem nenhum problema, outras têm dificuldade de se ajustar ao novo ambiente e socializar.

Para ajudar a criança, antes que ela ingresse definitivamente no berçário, é aconselhável que ela se familiarize com as pessoas que farão parte de seu cotidiano. Alguns berçários oferecem sessões de adaptação e, além de elas serem úteis para os pequenos, são excelentes oportunidades para que os pais tenham uma ideia do tipo de atividades serão realizadas e como será a rotina da criança.

Outra dica é que, antes de o pequeno começar a frequentar o berçário, que ele se acostume a ficar na companhia de outras pessoas. Uma alternativa é deixá-lo aos cuidados de alguém de confiança, como os avós, uma tia ou amiga próxima para que a criança vá se habituando à situação de não ficar exclusivamente na companhia dos pais.

No caso de uma criança mais novinha, antes de ela iniciar no berçário, é interessante estabelecer rotinas de sono específicas para que ela se sinta mais segura na hora de fazer a transição e se acostumar à nova rotina. Outra dica é tentar fazer uma transição gradual, começando por deixar criança no berçário durante algumas horas do dia, alguns dias da semana, para que ela vá se acostumando, e ir aumentando a frequência e o tempo de permanência aos poucos. E a mãe também pode deixar algo que pertence a ela com o bebê, como uma camiseta ou lenço que tenha o seu cheiro, já que isso pode ajudar a tranquilizar o pequeno.

Também é importante que o pessoal do berçário saiba, por exemplo, como acalmar o pequeno e quais são seus padrões alimentares e de sono, e o que o tranquiliza. Ele tem um brinquedo favorito, naninha ou música que gosta e que o acalma quando está frustrado ou irritado? Informe às cuidadoras.

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Ademais, quando você tiver que deixar o seu pequeno, jamais saia sem se despedir, nem tente escapar para que ele não a veja indo embora. É importante dizer que você vai sair, mas que retornará para recolhê-lo, dar um beijinho na criança e só depois sair, rapidamente. Dessa forma, embora ela provavelmente chore, a situação será menos negativa do que, de repente, perceber que foi abandonada no local. E, independentemente da reação da criança no primeiro dia de berçário, é vital que os pais permaneçam calmos e aparentem tranquilidade, já que as crianças são muito receptivas às suas emoções e certamente perceberão o estresse – o que pode dificultar a sua adaptação.

E então, como foi a sua experiência de se separar do seu filho pela primeira vez? Você tem algum conselho ou dica para dividir com outras mães? Aliás, aproveite para compartilhar este artigo!


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